quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ducati Streetfighter Corse: predadora do asfalto

Fotos Infomotori/Itália



Versão esportiva tem tudo para ser o ponto culminante da fabricante italiana


do InfoMotori/Itália
exclusivo para MotorDream


A Ducati Streetfighter em si já é uma moto extrema. Sua carenagem lembra um falcão e sua imagem é de predadora do asfalto. Agora a Streetfighter Corse promete ser o ponto cumlminante da marca, o ápice da fabricante de Bolonha.

A vasta utilização de elementos de fibra de carbono, tanque pintado em prata e vermelho com uma linha transversal destaca esta esportiva das outras motocicletas da marca.

Assim como aconteceu com a versão esportiva da Multistrada, a torcida é para que a Streetfighter Corse marque presença no Pikes’ Peak International Hill Climbing. O resultado visual agrada, resta a todos esperar para ver a motocicleta na pista.










Ducati Streetfighter Corse: predadora do asfalto

Fotos Infomotori/Itália



Versão esportiva tem tudo para ser o ponto culminante da fabricante italiana


do InfoMotori/Itália
exclusivo para MotorDream


A Ducati Streetfighter em si já é uma moto extrema. Sua carenagem lembra um falcão e sua imagem é de predadora do asfalto. Agora a Streetfighter Corse promete ser o ponto cumlminante da marca, o ápice da fabricante de Bolonha.

A vasta utilização de elementos de fibra de carbono, tanque pintado em prata e vermelho com uma linha transversal destaca esta esportiva das outras motocicletas da marca.

Assim como aconteceu com a versão esportiva da Multistrada, a torcida é para que a Streetfighter Corse marque presença no Pikes’ Peak International Hill Climbing. O resultado visual agrada, resta a todos esperar para ver a motocicleta na pista.










quarta-feira, 8 de setembro de 2010

BMW anuncia o fim da produção do M6

Desde 2005, quando o carro foi lançado, foram vendidas 14.152 unidades.
Marca alemã não fala em um novo produto para substituir o modelo.

Do G1, em São Paulo

A BMW anunciou o fim da produção do M6 – tanto a versão cupê quanto a conversível. Desde o início da sua fabricação, em 2005, foram vendidas 14.152 unidades do modelo. Por enquanto, a BMW não fala em um novo produto para substituir o M6.

Com a saída do modelo e da quarta geração do BMW M5, a fabricante alemã encerra a produção dos motores 5.0 V10 de 507 cavalos de potência.

BMW M6
BMW M6 sai de linha (Foto: Divulgação)

BMW anuncia o fim da produção do M6

Desde 2005, quando o carro foi lançado, foram vendidas 14.152 unidades.
Marca alemã não fala em um novo produto para substituir o modelo.

Do G1, em São Paulo

A BMW anunciou o fim da produção do M6 – tanto a versão cupê quanto a conversível. Desde o início da sua fabricação, em 2005, foram vendidas 14.152 unidades do modelo. Por enquanto, a BMW não fala em um novo produto para substituir o M6.

Com a saída do modelo e da quarta geração do BMW M5, a fabricante alemã encerra a produção dos motores 5.0 V10 de 507 cavalos de potência.

BMW M6
BMW M6 sai de linha (Foto: Divulgação)

Yamaha lança Striker de olho nos EUA

Nova motocicleta tem a difícil missão de competir em nicho de Harley Davidson e Victory

Fotos: Autocosmos/México
Motor Dream
Yamaha lança Striker de olho nos EUA


A linha Yamaha Star acaba de ganhar mais um membro. Trata-se da motocicleta Striker, que combina o estilo norte-americano com alta tecnologia para conquistar os consumidores que desejam uma moto cruiser com motores e mecânica de ponta. O novo modelo tem pela frente a difícil missão de conquistar espaço em um segmento com concorrência feroz, onde reinam Harley Davidson e Victory, e que há alguns anos conta com a presença da Honda Fury, modelo também japonês que traz linhas fluidas similares a trabalhos de preparadores independentes.

A Striker conta com um design realmente interessante, percebe-se ali alguns "toques" de Harley Davidson. Na parte traseira há elementos da V-Rod, como os escapamentos e pneus. Outros elementos ainda remetem a linha Softail. Por outro lado há uma forma arredondada em sua globalidade que é característica das motos japonesas.

O motor da Striker é um 1,304cc com injeção direta e resfriado a líquido. Não foram divulgados, no entanto, dados quanto a desempenho e rendimento, no que acredita-se que serão altos, graças ao generoso tanque de 15 litros. A Yamaha ainda dispensou a utilização de plástico neste modelo. O resultado são elementos visuais de aço e peso de 293 kg. (colaborou Autocosmos/México)









Yamaha lança Striker de olho nos EUA

Nova motocicleta tem a difícil missão de competir em nicho de Harley Davidson e Victory

Fotos: Autocosmos/México
Motor Dream
Yamaha lança Striker de olho nos EUA


A linha Yamaha Star acaba de ganhar mais um membro. Trata-se da motocicleta Striker, que combina o estilo norte-americano com alta tecnologia para conquistar os consumidores que desejam uma moto cruiser com motores e mecânica de ponta. O novo modelo tem pela frente a difícil missão de conquistar espaço em um segmento com concorrência feroz, onde reinam Harley Davidson e Victory, e que há alguns anos conta com a presença da Honda Fury, modelo também japonês que traz linhas fluidas similares a trabalhos de preparadores independentes.

A Striker conta com um design realmente interessante, percebe-se ali alguns "toques" de Harley Davidson. Na parte traseira há elementos da V-Rod, como os escapamentos e pneus. Outros elementos ainda remetem a linha Softail. Por outro lado há uma forma arredondada em sua globalidade que é característica das motos japonesas.

O motor da Striker é um 1,304cc com injeção direta e resfriado a líquido. Não foram divulgados, no entanto, dados quanto a desempenho e rendimento, no que acredita-se que serão altos, graças ao generoso tanque de 15 litros. A Yamaha ainda dispensou a utilização de plástico neste modelo. O resultado são elementos visuais de aço e peso de 293 kg. (colaborou Autocosmos/México)









sábado, 4 de setembro de 2010

O naufrágio do Kursk

WET - Wreck Expedition Team

O gigante de 154 m de comprimento, 18 de boca, 9 de altura e deslocamento de 18 mil a 23 mil toneladas tinha dois reatores nucleares e podia mergulhar até 600 metros de profundidade. Construído em 1992, foi comissionado em setembro de 1994. Pouco mais de dois anos depois, a investigação do acidente que matou seus 118 tripulantes encerrou-se com uma conclusão: a explosão de um torpedo, abastecido com um instável combustível experimental, segundo alguns especialistas, ou defeituoso, segundo outros, detonou a munição a bordo, com exceção de 22 mísseis balísticos Granit.



O Kursk, antes do acidente

O resultado derrubou a hipótese de um choque acidental com um submarino espião americano, nunca comprovada, cujo suposto sinal de SOS teria sido captado na hora do desastre. Outra tese acabou também descartada: a de que a embarcação afundou por "fogo amigo", atingida por um míssil de um encouraçado nas manobras que participava. Fosse qual fosse o motivo, o destino dos 23 homens no compartimento 9 estava selado. Mas seus cadáveres dariam contornos reais à tragédia a bordo de um gigante inerte nas profundezas geladas do Oceano Ártico.

Aos 21 anos de idade, o tenente Dimitri Kolesnikov era o oficial mais graduado no grupo. Seguindo treinamento recebido na base Fyodor Smuglin, no porto de Murmansk, ele assumiu o comando logo após a última explosão, exatos 135 segundos depois da primeira. Gravações recuperadas dos oscilógrafos de bordo - instrumentos que mostram os movimentos do casco - indicaram terem sido cinco detonações, sendo que em algumas, vários torpedos explodiram juntos. Os fatos restantes emergiram dos escombros e das autópsias realizadas depois que mergulhadores noruegueses e ingleses retiraram os primeiros 12 dos 57 corpos recuperados.



Local do acidente



Danos na estrutura

Missão [im]possível?

Na superfície, a operação de resgate patinava num mar implacável e no caos provocado no governo russo pelo acidente. Descobriu-se, tardiamente, que não havia nenhum mini-submarino capacitado para um resgate dessa natureza. O equipamento, emprestado, demorou a chegar e o mau tempo impediu que fosse descido logo. Não bastasse, a tormenta atrasou a missão dos mergulhadores e aumentou os riscos.



Mergulhadores noruegueses em resgate

Ainda assim, havia esperança até se perceber que a escotilha de emergência do submarino se abriu para um compartimento já alagado. Um mês depois do naufrágio, o alto-comando russo abortou a missão. Resgatariam apenas corpos em áreas acessíveis. O almirante Kuroyedov, em um encontro com o presidente Putin, recebeu a incumbência de tirar o Kursk do fundo. Pressionado pelas famílias dos tripulantes - que criticavam a lentidão do resgate -, por governos vizinhos preocupados com possíveis vazamentos de radiação dos reatores e ainda por militares receosos que segredos estratégicos pudessem ser perdidos, o presidente determinou que a ação fosse feita a qualquer preço - em um ano a partir daquela data.



Tamanho do Kursk, comparado a outros meios de transporte

Faltava tirar o submarino do fundo para recuperar os outros corpos. Um desafio que envolveu empresas de offshore do Mar do Norte. O polêmico projeto foi desenvolvido pela holandesa Mammoet Transport BV, especializada em transporte pesado, auxiliada por três gigantes do setor, Heerema, Smit Tak - que fabricou a serra gigante - e Halliburton. A operação consistia em quatro fases: a separação, por meio de lâminas elétricas, da seção de proa do submarino; a perfuração de 26 pontos na estrutura dorsal do Kursk; o içamento; e o reboque submerso.



Abertura da escotilha de emergência

A escala dos equipamentos foi fora do normal. Só os dois macacos hidráulicos usados para movimentar a serra submarina mediam 13 metros cada um. Foram seis dias apenas para cravá-los na posição correta, dos dois lados do casco. A operação com a serra foi treinada várias vezes pelos mergulhadores noruegueses em outro submarino da mesma classe, o Oryol, no Porto de Murmansk. Enquanto isso, a Mammoet preparava a peça-chave do processo: uma gigantesca chata, a Giant 4, com 36 metros de altura e 114 de comprimento, foi montada em Amsterdã a partir de quatro similares menores. Ela recebeu, longitudinalmente, 24 elevadores hidráulicos de grande capacidade. Em cada um, foi passado um cabo de aço de alta resistência.



Diagrama do submarino, e local de refúgio dos sobreviventes

Após o corte, trabalho que demorou uma semana, os mergulhadores iniciaram o segundo estágio, perfurando o casco do Kursk para a fixação dos cabos. Cada um mereceu uma tensão específica em função de sua posição na estrutura, pois o que restara do submarino estava ligeiramente adernado. Esta parte do trabalho demorou mais tempo que o previsto. Foi encerrada no fim de agosto de 2001 e contribuiu para o atraso no cronograma. Com mar ruim, os mergulhadores não podiam descer.



Plano de resgate - trabalho hercúleo

Feitos os furos, aguardou-se a chegada da Giant 4. Puxada por dois rebocadores, a chata levou 12 dias para sair de Kirkeness, na Noruega, e alcançar o ponto do resgate. Um a um, os cabos de aço foram sendo descidos e afixados no Kursk. Então, pouco depois da meia noite de um domingo, exatos 14 meses depois do naufrágio, os elevadores começaram a içar, a dez metros por hora, o que restava do submarino. Às 11 horas, veio um alerta de tempestade se formando. No momento mais crítico de toda a ação, foi dada a ordem para que os rebocadores puxassem a Giant 4 com o Kursk ainda a 40 metros de profundidade. Havia risco de os cabos se partirem pela pressão. A chata e sua carga demorariam 36 horas para vencer os 120 km até o Porto de Roslyakovo.

O saldo da complexa operação foi positivo. Custou US$ 130 milhões e durou 88 dias, 24 a mais que o previsto, mas o submarino chegou suficientemente inteiro à doca para ser periciado e permitir a retirada dos corpos. Não houve vazamento de radiação dos reatores, que se desligaram automaticamente na hora do desastre. Os 22 mísseis balísticos Granit, cada um com 600 kg de TNT na ogiva, puderam ser desativados sem que fosse preciso cortar os silos onde se aninhavam - oito de cada lado e outros seis perto da torre. Como parte do programa de desativação de armas lançado em 1997 pelo Congresso dos Estados Unidos, os últimos sete mísseis do Kursk foram destruídos entre os dias 15 de outubro e 5 de novembro do ano passado, em uma operação que consumiu sete toneladas de explosivos.
Para reparar a perda, o Kremlin ofereceu para cada família US$ 20 mil e pensão vitalícia

O naufrágio do Kursk

WET - Wreck Expedition Team

O gigante de 154 m de comprimento, 18 de boca, 9 de altura e deslocamento de 18 mil a 23 mil toneladas tinha dois reatores nucleares e podia mergulhar até 600 metros de profundidade. Construído em 1992, foi comissionado em setembro de 1994. Pouco mais de dois anos depois, a investigação do acidente que matou seus 118 tripulantes encerrou-se com uma conclusão: a explosão de um torpedo, abastecido com um instável combustível experimental, segundo alguns especialistas, ou defeituoso, segundo outros, detonou a munição a bordo, com exceção de 22 mísseis balísticos Granit.



O Kursk, antes do acidente

O resultado derrubou a hipótese de um choque acidental com um submarino espião americano, nunca comprovada, cujo suposto sinal de SOS teria sido captado na hora do desastre. Outra tese acabou também descartada: a de que a embarcação afundou por "fogo amigo", atingida por um míssil de um encouraçado nas manobras que participava. Fosse qual fosse o motivo, o destino dos 23 homens no compartimento 9 estava selado. Mas seus cadáveres dariam contornos reais à tragédia a bordo de um gigante inerte nas profundezas geladas do Oceano Ártico.

Aos 21 anos de idade, o tenente Dimitri Kolesnikov era o oficial mais graduado no grupo. Seguindo treinamento recebido na base Fyodor Smuglin, no porto de Murmansk, ele assumiu o comando logo após a última explosão, exatos 135 segundos depois da primeira. Gravações recuperadas dos oscilógrafos de bordo - instrumentos que mostram os movimentos do casco - indicaram terem sido cinco detonações, sendo que em algumas, vários torpedos explodiram juntos. Os fatos restantes emergiram dos escombros e das autópsias realizadas depois que mergulhadores noruegueses e ingleses retiraram os primeiros 12 dos 57 corpos recuperados.



Local do acidente



Danos na estrutura

Missão [im]possível?

Na superfície, a operação de resgate patinava num mar implacável e no caos provocado no governo russo pelo acidente. Descobriu-se, tardiamente, que não havia nenhum mini-submarino capacitado para um resgate dessa natureza. O equipamento, emprestado, demorou a chegar e o mau tempo impediu que fosse descido logo. Não bastasse, a tormenta atrasou a missão dos mergulhadores e aumentou os riscos.



Mergulhadores noruegueses em resgate

Ainda assim, havia esperança até se perceber que a escotilha de emergência do submarino se abriu para um compartimento já alagado. Um mês depois do naufrágio, o alto-comando russo abortou a missão. Resgatariam apenas corpos em áreas acessíveis. O almirante Kuroyedov, em um encontro com o presidente Putin, recebeu a incumbência de tirar o Kursk do fundo. Pressionado pelas famílias dos tripulantes - que criticavam a lentidão do resgate -, por governos vizinhos preocupados com possíveis vazamentos de radiação dos reatores e ainda por militares receosos que segredos estratégicos pudessem ser perdidos, o presidente determinou que a ação fosse feita a qualquer preço - em um ano a partir daquela data.



Tamanho do Kursk, comparado a outros meios de transporte

Faltava tirar o submarino do fundo para recuperar os outros corpos. Um desafio que envolveu empresas de offshore do Mar do Norte. O polêmico projeto foi desenvolvido pela holandesa Mammoet Transport BV, especializada em transporte pesado, auxiliada por três gigantes do setor, Heerema, Smit Tak - que fabricou a serra gigante - e Halliburton. A operação consistia em quatro fases: a separação, por meio de lâminas elétricas, da seção de proa do submarino; a perfuração de 26 pontos na estrutura dorsal do Kursk; o içamento; e o reboque submerso.



Abertura da escotilha de emergência

A escala dos equipamentos foi fora do normal. Só os dois macacos hidráulicos usados para movimentar a serra submarina mediam 13 metros cada um. Foram seis dias apenas para cravá-los na posição correta, dos dois lados do casco. A operação com a serra foi treinada várias vezes pelos mergulhadores noruegueses em outro submarino da mesma classe, o Oryol, no Porto de Murmansk. Enquanto isso, a Mammoet preparava a peça-chave do processo: uma gigantesca chata, a Giant 4, com 36 metros de altura e 114 de comprimento, foi montada em Amsterdã a partir de quatro similares menores. Ela recebeu, longitudinalmente, 24 elevadores hidráulicos de grande capacidade. Em cada um, foi passado um cabo de aço de alta resistência.



Diagrama do submarino, e local de refúgio dos sobreviventes

Após o corte, trabalho que demorou uma semana, os mergulhadores iniciaram o segundo estágio, perfurando o casco do Kursk para a fixação dos cabos. Cada um mereceu uma tensão específica em função de sua posição na estrutura, pois o que restara do submarino estava ligeiramente adernado. Esta parte do trabalho demorou mais tempo que o previsto. Foi encerrada no fim de agosto de 2001 e contribuiu para o atraso no cronograma. Com mar ruim, os mergulhadores não podiam descer.



Plano de resgate - trabalho hercúleo

Feitos os furos, aguardou-se a chegada da Giant 4. Puxada por dois rebocadores, a chata levou 12 dias para sair de Kirkeness, na Noruega, e alcançar o ponto do resgate. Um a um, os cabos de aço foram sendo descidos e afixados no Kursk. Então, pouco depois da meia noite de um domingo, exatos 14 meses depois do naufrágio, os elevadores começaram a içar, a dez metros por hora, o que restava do submarino. Às 11 horas, veio um alerta de tempestade se formando. No momento mais crítico de toda a ação, foi dada a ordem para que os rebocadores puxassem a Giant 4 com o Kursk ainda a 40 metros de profundidade. Havia risco de os cabos se partirem pela pressão. A chata e sua carga demorariam 36 horas para vencer os 120 km até o Porto de Roslyakovo.

O saldo da complexa operação foi positivo. Custou US$ 130 milhões e durou 88 dias, 24 a mais que o previsto, mas o submarino chegou suficientemente inteiro à doca para ser periciado e permitir a retirada dos corpos. Não houve vazamento de radiação dos reatores, que se desligaram automaticamente na hora do desastre. Os 22 mísseis balísticos Granit, cada um com 600 kg de TNT na ogiva, puderam ser desativados sem que fosse preciso cortar os silos onde se aninhavam - oito de cada lado e outros seis perto da torre. Como parte do programa de desativação de armas lançado em 1997 pelo Congresso dos Estados Unidos, os últimos sete mísseis do Kursk foram destruídos entre os dias 15 de outubro e 5 de novembro do ano passado, em uma operação que consumiu sete toneladas de explosivos.
Para reparar a perda, o Kremlin ofereceu para cada família US$ 20 mil e pensão vitalícia

Audi confirma que lançará no Brasil o RS 5 durante o Salão de São Paulo

Modelo é equipado com motor V8 4.2 de 450 cavalos de potência.
Carro acelera de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos, aponta a fabricante.

Do G1, em São Paulo

A Audi confirmou, nesta sexta-feira (3), que lançará o Audi RS 5 no Brasil durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro. O cupê esportivo vem equipado com motor V8 4.2, de 450 cv de potência e torque máximo de 40,8 mkgf, e injeção direta de combustível. Segundo a fabricante, o propulsor é econômico e faz 9,2 km/l.

Audi RS 5
Audi RS 5 tem velocidade máxima controlada
em 250 km/h (Foto: Divulgação)

O cupê de 1.725 kg acelera de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos e tem velocidade máxima limitada eletronicamente em 250 km/h, mas que pode ser aumentada para 280 km/h caso seja solicitado à Audi. Na traseira, o defletor na tampa do porta-malas é acionado automaticamente a uma velocidade de 120 km/h e retrai a 80 km/h.

O modelo possui ainda o diferencial central da tração quattro e câmbio S tronic de sete marchas. O sistema conta com dupla embreagem.

No interior, o modelo traz bancos esportivos com laterais pronunciadas e apoios de cabeça integrados de série, com ajustes elétricos e revestidos numa combinação de couro e Alcantara. Como opcional, a Audi oferece bancos tipo concha e encostos dobráveis ou bancos climatizados de luxo.

Audi RS 5
Volante tem aro esportivo e é revestido em
couro perfurado (Foto: Divulgação)

O volante tem aro esportivo e é revestido em couro perfurado. Os instrumentos são de fundo preto e caracteres brancos. Quando a ignição é ligada, os ponteiros vermelhos sobem e descem rapidamente. O sistema de informações inclui cronômetro para registrar tempos de volta e medidor de temperatura de óleo.

Personalização
O interior é preto e as incrustações decorativas são feitas em fibra de carbono. Os pedais, apoios de pé e teclas de navegação têm acabamento em alumínio. Sob encomenda, é possível escolher materiais decorativos exclusivos, como aço inoxidável ou alumínio escovado, entre outros. Os estofados também podem ser escolhidos com outras cores e couro especial, além do pacote exclusivo que oferece opções como a camurça para cobertura dos controles e tapetes com logo RS 5.

Há ainda possibilidade de utilizar carbono no compartimento do motor, e para a carroceria há pacotes com acabamento em preto ou alumínio opaco. E o sistema de escapamento acusticamente esportivo –com flape de som – traz ponteiras pretas.

Audi RS 5
Segundo a Audi, consumo do modelo
é 9,2 km/l (Foto: Divulgação)

Audi confirma que lançará no Brasil o RS 5 durante o Salão de São Paulo

Modelo é equipado com motor V8 4.2 de 450 cavalos de potência.
Carro acelera de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos, aponta a fabricante.

Do G1, em São Paulo

A Audi confirmou, nesta sexta-feira (3), que lançará o Audi RS 5 no Brasil durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro. O cupê esportivo vem equipado com motor V8 4.2, de 450 cv de potência e torque máximo de 40,8 mkgf, e injeção direta de combustível. Segundo a fabricante, o propulsor é econômico e faz 9,2 km/l.

Audi RS 5
Audi RS 5 tem velocidade máxima controlada
em 250 km/h (Foto: Divulgação)

O cupê de 1.725 kg acelera de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos e tem velocidade máxima limitada eletronicamente em 250 km/h, mas que pode ser aumentada para 280 km/h caso seja solicitado à Audi. Na traseira, o defletor na tampa do porta-malas é acionado automaticamente a uma velocidade de 120 km/h e retrai a 80 km/h.

O modelo possui ainda o diferencial central da tração quattro e câmbio S tronic de sete marchas. O sistema conta com dupla embreagem.

No interior, o modelo traz bancos esportivos com laterais pronunciadas e apoios de cabeça integrados de série, com ajustes elétricos e revestidos numa combinação de couro e Alcantara. Como opcional, a Audi oferece bancos tipo concha e encostos dobráveis ou bancos climatizados de luxo.

Audi RS 5
Volante tem aro esportivo e é revestido em
couro perfurado (Foto: Divulgação)

O volante tem aro esportivo e é revestido em couro perfurado. Os instrumentos são de fundo preto e caracteres brancos. Quando a ignição é ligada, os ponteiros vermelhos sobem e descem rapidamente. O sistema de informações inclui cronômetro para registrar tempos de volta e medidor de temperatura de óleo.

Personalização
O interior é preto e as incrustações decorativas são feitas em fibra de carbono. Os pedais, apoios de pé e teclas de navegação têm acabamento em alumínio. Sob encomenda, é possível escolher materiais decorativos exclusivos, como aço inoxidável ou alumínio escovado, entre outros. Os estofados também podem ser escolhidos com outras cores e couro especial, além do pacote exclusivo que oferece opções como a camurça para cobertura dos controles e tapetes com logo RS 5.

Há ainda possibilidade de utilizar carbono no compartimento do motor, e para a carroceria há pacotes com acabamento em preto ou alumínio opaco. E o sistema de escapamento acusticamente esportivo –com flape de som – traz ponteiras pretas.

Audi RS 5
Segundo a Audi, consumo do modelo
é 9,2 km/l (Foto: Divulgação)

O naufrágio do Kursk

WET - Wreck Expedition Team

O gigante de 154 m de comprimento, 18 de boca, 9 de altura e deslocamento de 18 mil a 23 mil toneladas tinha dois reatores nucleares e podia mergulhar até 600 metros de profundidade. Construído em 1992, foi comissionado em setembro de 1994. Pouco mais de dois anos depois, a investigação do acidente que matou seus 118 tripulantes encerrou-se com uma conclusão: a explosão de um torpedo, abastecido com um instável combustível experimental, segundo alguns especialistas, ou defeituoso, segundo outros, detonou a munição a bordo, com exceção de 22 mísseis balísticos Granit.



O Kursk, antes do acidente

O resultado derrubou a hipótese de um choque acidental com um submarino espião americano, nunca comprovada, cujo suposto sinal de SOS teria sido captado na hora do desastre. Outra tese acabou também descartada: a de que a embarcação afundou por "fogo amigo", atingida por um míssil de um encouraçado nas manobras que participava. Fosse qual fosse o motivo, o destino dos 23 homens no compartimento 9 estava selado. Mas seus cadáveres dariam contornos reais à tragédia a bordo de um gigante inerte nas profundezas geladas do Oceano Ártico.

Aos 21 anos de idade, o tenente Dimitri Kolesnikov era o oficial mais graduado no grupo. Seguindo treinamento recebido na base Fyodor Smuglin, no porto de Murmansk, ele assumiu o comando logo após a última explosão, exatos 135 segundos depois da primeira. Gravações recuperadas dos oscilógrafos de bordo - instrumentos que mostram os movimentos do casco - indicaram terem sido cinco detonações, sendo que em algumas, vários torpedos explodiram juntos. Os fatos restantes emergiram dos escombros e das autópsias realizadas depois que mergulhadores noruegueses e ingleses retiraram os primeiros 12 dos 57 corpos recuperados.



Local do acidente



Danos na estrutura

Missão [im]possível?

Na superfície, a operação de resgate patinava num mar implacável e no caos provocado no governo russo pelo acidente. Descobriu-se, tardiamente, que não havia nenhum mini-submarino capacitado para um resgate dessa natureza. O equipamento, emprestado, demorou a chegar e o mau tempo impediu que fosse descido logo. Não bastasse, a tormenta atrasou a missão dos mergulhadores e aumentou os riscos.



Mergulhadores noruegueses em resgate

Ainda assim, havia esperança até se perceber que a escotilha de emergência do submarino se abriu para um compartimento já alagado. Um mês depois do naufrágio, o alto-comando russo abortou a missão. Resgatariam apenas corpos em áreas acessíveis. O almirante Kuroyedov, em um encontro com o presidente Putin, recebeu a incumbência de tirar o Kursk do fundo. Pressionado pelas famílias dos tripulantes - que criticavam a lentidão do resgate -, por governos vizinhos preocupados com possíveis vazamentos de radiação dos reatores e ainda por militares receosos que segredos estratégicos pudessem ser perdidos, o presidente determinou que a ação fosse feita a qualquer preço - em um ano a partir daquela data.



Tamanho do Kursk, comparado a outros meios de transporte

Faltava tirar o submarino do fundo para recuperar os outros corpos. Um desafio que envolveu empresas de offshore do Mar do Norte. O polêmico projeto foi desenvolvido pela holandesa Mammoet Transport BV, especializada em transporte pesado, auxiliada por três gigantes do setor, Heerema, Smit Tak - que fabricou a serra gigante - e Halliburton. A operação consistia em quatro fases: a separação, por meio de lâminas elétricas, da seção de proa do submarino; a perfuração de 26 pontos na estrutura dorsal do Kursk; o içamento; e o reboque submerso.



Abertura da escotilha de emergência

A escala dos equipamentos foi fora do normal. Só os dois macacos hidráulicos usados para movimentar a serra submarina mediam 13 metros cada um. Foram seis dias apenas para cravá-los na posição correta, dos dois lados do casco. A operação com a serra foi treinada várias vezes pelos mergulhadores noruegueses em outro submarino da mesma classe, o Oryol, no Porto de Murmansk. Enquanto isso, a Mammoet preparava a peça-chave do processo: uma gigantesca chata, a Giant 4, com 36 metros de altura e 114 de comprimento, foi montada em Amsterdã a partir de quatro similares menores. Ela recebeu, longitudinalmente, 24 elevadores hidráulicos de grande capacidade. Em cada um, foi passado um cabo de aço de alta resistência.



Diagrama do submarino, e local de refúgio dos sobreviventes

Após o corte, trabalho que demorou uma semana, os mergulhadores iniciaram o segundo estágio, perfurando o casco do Kursk para a fixação dos cabos. Cada um mereceu uma tensão específica em função de sua posição na estrutura, pois o que restara do submarino estava ligeiramente adernado. Esta parte do trabalho demorou mais tempo que o previsto. Foi encerrada no fim de agosto de 2001 e contribuiu para o atraso no cronograma. Com mar ruim, os mergulhadores não podiam descer.



Plano de resgate - trabalho hercúleo

Feitos os furos, aguardou-se a chegada da Giant 4. Puxada por dois rebocadores, a chata levou 12 dias para sair de Kirkeness, na Noruega, e alcançar o ponto do resgate. Um a um, os cabos de aço foram sendo descidos e afixados no Kursk. Então, pouco depois da meia noite de um domingo, exatos 14 meses depois do naufrágio, os elevadores começaram a içar, a dez metros por hora, o que restava do submarino. Às 11 horas, veio um alerta de tempestade se formando. No momento mais crítico de toda a ação, foi dada a ordem para que os rebocadores puxassem a Giant 4 com o Kursk ainda a 40 metros de profundidade. Havia risco de os cabos se partirem pela pressão. A chata e sua carga demorariam 36 horas para vencer os 120 km até o Porto de Roslyakovo.

O saldo da complexa operação foi positivo. Custou US$ 130 milhões e durou 88 dias, 24 a mais que o previsto, mas o submarino chegou suficientemente inteiro à doca para ser periciado e permitir a retirada dos corpos. Não houve vazamento de radiação dos reatores, que se desligaram automaticamente na hora do desastre. Os 22 mísseis balísticos Granit, cada um com 600 kg de TNT na ogiva, puderam ser desativados sem que fosse preciso cortar os silos onde se aninhavam - oito de cada lado e outros seis perto da torre. Como parte do programa de desativação de armas lançado em 1997 pelo Congresso dos Estados Unidos, os últimos sete mísseis do Kursk foram destruídos entre os dias 15 de outubro e 5 de novembro do ano passado, em uma operação que consumiu sete toneladas de explosivos.
Para reparar a perda, o Kremlin ofereceu para cada família US$ 20 mil e pensão vitalícia