sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dez mandamentos para ficar longe de vírus em mensagens instantâneas
CINTIA BAIO | Do UOL Tecnologia
Conheça a seguir algumas práticas que podem ajudar a manter o PC livre das pragas que se espalham por comunicadores instantâneos, como o Windows Live Messenger ou o Skype:

1. Não abrirás links ou farás download de arquivos enviados por teus contatos no comunicador instantâneo sem antes ter confirmado seu envio. 

2. Manterás a versão de teu comunicador e do teu sistema operacional atualizada. Sempre que há uma nova atualização, os comunicadores mais conhecidos costumam enviar uma mensagem sinalizando o upgrade assim que o programa é inicializado. 

3. Entrarás em contato com as pessoas que enviarem mensagens suspeitas para informá-las do ocorrido. Se possível, bloquearás a pessoa até que o problema seja resolvido, para evitar o clique involuntário. 

4. Ficarás atento a arquivos recebidos com as seguintes extensões: .exe, .scr, .cmd, .dll, .bat, .lnk. Muitas pragas chegam a teu computador com essas terminações. 

5. Não passarás informações importantes, como número de conta bancária ou documento, pelo comunicador instantâneo. Se um dos computadores estiver infectado, o conteúdo pode ser copiado. 

6. Manterás o antivírus e o firewall sempre atualizados e configurados para examinar mensagens anexas. Farás varreduras no sistema periodicamente para encontrar pragas furtivas. 

7. Ativarás a checagem antivírus no Windows Live Messenger para detectar pragas antes de abrir arquivos que te são enviados. Para tanto, irás em Ferramentas (Tools) > Opções (Options) > Transferência de Arquivo (File Transfer) e escolherás qual antivírus será responsável pela varredura. 

8. Configurarás o programa mensageiro para exigir autorização sempre que alguém tentar te adicionar e evitarás adicionar pessoas desconhecidas em tua lista. 

9. Deixarás a opção de login e senha automática desativada e fecharás o programa assim que sair da máquina, especialmente em computadores públicos. 

10. Criarás um e-mail exclusivo para se cadastrar em sites ou participar de promoções em vez de usar o mesmo endereço usado para entrar no comunicador. 

Agora, se as dicas chegaram tarde demais e o comunicador já foi infectado, saiba como eliminar a praga do teu PC.


Mais
 

Recarga e fidelidade são banho de água fria em novas regras para celulares

CINTIA BAIO | Do UOL Tecnologia

* Colaborou Caio Terreran
Quem usa telefone celular no Brasil ainda pouco sentiu as vantagens das novas regras da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), em vigor há uma semana.

Determinações como a extensão do prazo de validade de recargas foram alguns dos benefícios anunciados pela agência, mas que, na prática, na maioria dos casos não representam ganho real ao consumidor. Além disso, a oferta de subsídios pelas operadoras acaba por limitar o efeito das regrassobre desbloqueio do aparelho e redução de carência.

As operadoras tiveram seis meses para implementar as mudanças. Uma semana depois, o UOL Tecnologia foi conferir nas lojas físicas e no atendimento ao consumidor das operadoras o que realmente mudou com a regulamentação.

De acordo com as novas regras, por exemplo, as teles móveis deveriam oferecer pelo menos uma opção de recarga com validade mínima de 90 dias e outra de 180 dias para celulares pré-pagos. Cartões com validades maiores ou menores que o número de dias estipulado pela agência também podem ser comercializados.

Algumas operadoras, como a TIM e a Vivo, já ofereciam créditos com esses prazos mesmo antes de a resolução da Anatel entrar em vigor. Já a Claro decidiu acrescentar um novo valor à sua carteira de recargas para cumprir as exigências.

 Você ficou satisfeito com as novas regras? Comente!

Então, quer dizer que a regra dá um ponto positivo para o usuário, que terá mais tempo para gastar seus créditos sem que eles expirem? Na prática, pode ser que não. A maioria das recargas com validade de 180 dias são mais caras, o que, na ponta do lápis, pode não compensar.

Art. 62. Os créditos podem estar sujeitos a prazo de validade 

§1º A prestadora pode oferecer créditos com qualquer prazo de validade desde que possibilite ao usuário a aquisição de créditos, de valores razoáveis, com o prazo igual ou superior a 90 (noventa) dias e 180 (cento e oitenta) dias
O QUE DIZ A ANATEL
Atenção nos créditos

Assim, para quem não costuma adquirir créditos com freqüência para o pré-pago, é bom ficar de olho nos preços dos cartões com validade extensa. Os créditos para 180 dias na Vivo, por exemplo, custam R$ 100. Já os de 90 dias saem por R$ 26.

Conta rápida: sai muito mais em conta recarregar o celular a cada 90 dias do que comprar a nova recarga —enquanto a de 180 dias sai por R$ 100, duas recargas de 90 dias ficam em R$ 52 (economia de R$ 48). O mesmo vale para clientes da Claro, que cobra R$ 150 por uma recarga de 180 dias e R$ 30 para uma de 90.

A TIM é a única que oferece valores equivalentes: R$ 25 para 90 dias, e R$ 50 ou R$ 100 para 180 dias. 

Concorrência

Para Bruno Ramos, gerente de regulamentação da Anatel, os preços cobrados pelos créditos com prazo de vencimento maior "ainda não são considerados abusivos" pela Agência. Segundo ele, a concorrência do mercado de telefonia móvel é o principal responsável por regularizar os valores.

Na nova regulamentação, a Anatel não estabelece um valor máximo de cobrança para cada uma das recargas. No entanto, Ramos diz que a agência deve intensificar a fiscalização e notificar operadoras que não estejam cobrando valores considerados "razoáveis" pelo órgão regulador.

Questionado sobre o que o órgão considera "valor razoável", Ramos desconversou. De qualquer forma, a agência oferece o telefone 0800 33 2001 para reclamações de usuários que se sentirem lesados em relação aos valores cobrados pelas empresas de telefonia móvel.

Confira a tabela de preços para recargas (em R$)*
ClaroR$ 15R$ 30R$ 150**
TIMR$ 10R$ 15, R$ 25 e R$ 35R$ 50 e R$ 100
VivoR$ 11R$ 26, R$ 35 e R$ 60R$ 100
-30 dias90 dias180 dias

* Preços e validades informados pela central de atendimento das operadoras e confirmados pelos seus respectivos sites em 19/02/2008
** Preço informado pelo atendimento ao consumidor da Claro e confirmado pela assessoria de imprensa da empresa. Até o fechamento da matéria, o site da operadora não descrevia tal valor
 

Windows Vista SP1 é quase um novo sistema operacional; saiba mais

PAULO REBÊLO | Para o UOL Tecnologia
Um ano após o lançamento e ainda imerso em críticas, o Windows Vista acaba de ganhar o primeiro grande pacote de serviços e atualização —Service Pack 1— para as edições de 32 bits e 64 bits. 

Ao contrário das atualizações para versões anteriores do Windows, desta vez a Microsoft radicalizou. O SP1 é, na prática, quase um novo sistema operacional, visto que o próprio kernel (a base de qualquer sistema operacional) do Vista foi modificado e atualizado com o pacote. 

WINDOWS VISTA SP1
Divulgação
Use os links para navegar dentro da matéria
SP1 É QUASE UM NOVO WINDOWS
QUEM DEVE ATUALIZAR O VISTA
CÓPIA DE ARQUIVOS MAIS RÁPIDA
As mais de 300 correções de bugs e atualizações tornam-se secundárias, visto que a maior parte já podia ser aplicada via Windows Update independente do SP1. 

O que a Microsoft fez com o SP1 foi alterar boa parte da base de programação do Vista para torná-lo bem próximo da plataforma servidor (Windows Server) da empresa. O lançamento do SP1 coincide, justamente, com a conclusão do Windows Server 2008. Ou seja, agora o Vista SP1 é de fato a versão doméstica do Server 2008, e não o contrário.

Usuários domésticos (a maioria) vão poder instalar o SP1 a partir de março, fazendo o download pelo Windows Update. Empresas, fabricantes e usuários corporativos já estão usando o SP1, lançado nos primeiros dias de fevereiro em sua versão final. E os piratas também: a versão final do SP1 está em quase todos os sites de torrent, sem respaldo e sem suporte da Microsoft.
 

Brasil terá Campus Party também em 2009; confira balanço da festa

CHARLES NISZ | Para o UOL Tecnologia
No próximo ano, a Campus Party terá novamente uma edição brasileira. A informação foi dada por Marcelo Branco, diretor do evento. Mas ainda não há previsão de data para o encontro de comunidades da Internet se repetir. "Primeiro vamos acabar este e fazer a avaliação da edição 2008", diz Branco.

Avaliação bastante positiva na opinião do diretor-geral e dos coordenadores temáticos do evento. Os números dão a magnitude do encontro: "5.500 credenciados, 2.800 computadores, 1.800 acampados —com idade média de 23 anos— e uma velocidade média de conexão de 670 Mbps", enumera o diretor-geral. 

"Fiquei impressionado com o civismo dos participantes", elogia Branco. "Poucos incidentes foram registrados, e o clima foi muito tranqüilo", disse. "Os campuseiros devoraram 360 palestras e oficinas em seis dias. As palestras não eram mera pirotecnia e tinham muito conteúdo."

Mas Branco também enxerga pontos a evoluir para a versão 2009 da Campus Party: "Precisamos melhorar o credenciamento, a logística e queremos ampliar o número de participantes no ano que vem. Além disso, queremos ampliar o Campus Verde e dar ênfase ao meio ambiente e sua relação com a tecnologia", explicou.

Roubando a cena

Para a alegria do coordenador Alexandre Simões, a área de robótica foi a mais procurada do evento: "A aceitação foi muito grande e as pessoas desenvolveram atividades além do programa", diz ele. 

Era mesmo comum ver pessoas debruçadas na montagem dos robôs madrugada adentro. O objetivo é fazer bonito na competição de robôs, que acontece neste sábado. Há uma surpresa esperando os vencedores: "Os campeões ganharão um troféu com o Quasi estilizado". O Quasi foi o robô apresentado na abertura do evento e ganhou fama por ter ficado preso na Receita Federal (e por ser um mero ventríloquo, ao menos por aqui).

Produção imaterial

Outra área de sucesso foi o software livre. Segundo o coordenador da área, os destaques foram "a palestra de John 'Maddog' Hall e a junção de programação com outras áreas". 

"Há mais disseminação da área de software livre aqui no Brasil do que nas versões espanholas", afirmou. "Reunir pessoas durante uma semana promoveu um 'ambiente de ócio digital' cujo resultado foi o aumento da grade de palestras, disse Teza.

Muitas dessas atividades eram à noite e nas madrugadas e hove algo inusitado: "nessas horas, as mulheres eram maioria", afirmou.

Profissionalização

Na área de desenvolvimento e programação, a palavra de ordem foi profissionalização. Segundo os coordenadores David Ruiz e Luiz Pestana, a intenção é ampliar a grade temática para o ano que vem.

Essa expansão tem origem na troca de experiências entre profissionais e quem desenvolve jogos de modo amador. "O desejo de profissionalização é o motor desse interesse, e o contato com quem já é profissional foi muito proveitoso para o público".

Ensino

Aproximar a astronomia da escola era um dos desejos de Walmir Cardoso para a área de Astronomia na Campus Party. "Isso foi plenamente atingido, pois atraímos muitos professores, além dos astrônomos amadores." 

"O segredo do sucesso foi juntar teoria e bastidores do planetário com atividades práticas: oficinas de criação de foguetes e fotos do céu feitas com celular", explica ele. 

Para 2009, os planos são grandes: "Ano que vem é o Ano Internacional da Astronomia. O motivo da comemoração são os 400 anos das observações feitas por Galileu Galilei e por isso vamos ter mais temas e conteúdos nas palestras".

Entre essas palestras Cardoso quer trazer para a Campus Party 2009 o astrônomo brasileiro Augusto Daminelli: "Ele ficou mundialmente famoso com suas previsões acertadas sobre a constelação Karina, após contrariar todos os especialistas internacionais. Isso fez a ciência brasileira ganhar reconhecimento no que se refere à observação estelar".

Além do Counter Strike 

Quem achava que a proibição do Counter Strike no Brasil iria atrapalhar a área de Games da Campus Party se enganou. "Unreal Tournament 3, Team Fortress 2 e outros jogos deram conta do recado", explica Marco Quezada, responsável por organizar essa área.

O único contratempo nos seis dias de feira foi um projetor queimado. "Mas nada que atrapalhasse o cronograma dos campeonatos", diz ele. O público, inclusive, criou mais atividades. Uma delas foi o campeonato de Street Fighter: as animadas manifestações durante a disputa chegaram a atrapalhar a palestra do badalado Steve Johnson.

Blogs internacionalizados

O Campus Blog foi uma temática introduzida especialmente para a versão brasileira da Campus Party e, apesar de novata, a área alcançou bons resultados.

A avaliação é de Lúcia Freitas, coordenadora para esse tema e diretora de conteúdo da Campus Party: "Apareceram por aqui 320 blogueiros do país e 50 blogueiros espanhóis. Isso mostra a abrangência dos diários virtuais", afirma.

Os 30 blogueiros mais visitados do país vieram discutir estratégias de negócios e foram brindados com uma palestra de uma "start-up" de blogs. O objetivo da palestra foi aproximar anunciantes e blogueiros, permitindo a quem deseja investir nessas mídias saber como investir.

Mas Lúcia faz coro com o diretor-geral e pede mais atenção com a produção e organização do evento. "Os produtores precisam conhecer mais o ambiente geek para o Campus Party não ter os mesmos problemas nas próximas versões", reclamou.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dia Nacional do Engenheiro 2010

27 de Novembro – Funchal


A cidade do Funchal será a anfitriã do Dia Nacional do Engenheiro 2010, marcado para 27 de Novembro, num sinal de apoio da Ordem e dos engenheiros portugueses ao Arquipélago da Madeira, no decurso da catástrofe que em Fevereiro abalou aquele território.

Do programa consta a Assembleia Magna, espaço de apresentação do trabalho efectuado ao longo do ano por parte dos dirigentes da Ordem e de interpelações abertas por parte dos membros participantes.

O período da tarde é composto pela Sessão Solene, onde serão distinguidos os Engenheiros que completaram 50 anos de inscrição na sua Ordem Profissional e os profissionais aos quais serão outorgados os níveis de qualificação de Membro Conselheiro, Sénior e Especialista. Como incentivo aos membros mais jovens, serão entregues os Prémios Nacionais de Engenharia de cada um dos Colégios de Especialidade aos melhores estágios de 2009/2010 para efeitos de admissão à Ordem.

A Sessão Solene culminará numa Conferência convidada, que este ano estará a cargo do Eng. António Reis, natural da Madeira e conceituado Projectista de Estruturas. É possível encontrar obras suas por quase todos os continentes, mas foi com o projecto da Ponte João Gomes, no Funchal, que conquistou o Prémio Secil, em 1997, um dos prémios mais conceituados de Engenharia no nosso país. Outros trabalhos estão inscritos na história, como a ponte do Freixo, os novos estádios de Alvalade e das Antas e o comboio no tabuleiro de acesso à ponte 25 de Abril. Em 2006, António Reis foi condecorado com a Ordem do Mérito pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio.

Avião sem piloto quebra recorde de voo

AFP
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O avião experimental Solar Impulse realizou neste domingo seu primeiro pouso noturno da Suíça, dias depois de ter feito um primeiro voo noturno sem combustível, usando apenas a energia solar. 

O aparelho aterrissou às 05H00 local (0H300 GMT) no aeroporto militar de Payerne (oeste), de onde decolou uma hora antes, indicou a agência suíça ATS. 

“Tudo foi realizado com o êxito esperado”, afirmou à ATS o co-fundador do projeto Solar Impulse, Andre Borschberg. 

“O objetivo deste novo voo era fazer um certo número de testes para os voos noturnos e, em especial, para a aterrissar de noite. Pudemos verificar que os instrumentos e os equipamentos funcionaram corretamente”, acrescentou. 

No último dia 8, o Solar Impulse aterrissou na Suíça depois de voar 26 horas utilizando apenas energia solar. 

O avião, pilotado por Borschberg, pousou na base militar de Payerne (oeste), em meio aos aplausos de uma centena de espectadores. 

O avião tem como única fonte de energia 12.000 células fotovoltaicas que cobrem suas asas e alimentam os quatro motores elétricos, com potência de 10 CV cada. Também permitem recarregar as baterias de lítio polímero de 400 kg. 

Seu peso é muito leve (1.600 kg) e as asas têm uma envergadura semelhante às de um Airbus A340 (63,40 metros). 

O aparelho demonstrou funcionar bem durante o dia, com um primeiro voo de sucesso em 7 de abril e outros 10 desde então.

Hubble confirma que planeta superquente tem cauda como cometa

O Estado S. Paulo
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Pesquisadores usando o Telescópio Espacial Hubble confirmaram a existência de um objeto que pode ser classificado como um "planeta cometário". O gigante gasoso, chamado HD 209458b,orbita tão perto de sua estrela que a atmosfera aquecida está fugindo para o espaço.

Observações feitas com o instrumento do Hubble chamado Espectrógrafo Origens Cósmicas (COS, na sigla em inglês) indicam que potentes ventos estelares varrem o material eliminado pela atmosfera para trás do planeta, moldando os gases eliminados numa cauda como a de um cometa. 

"Desde 2003 que cientistas teorizam que a massa perdida está sendo empurrada para trás numa cauda, e já há cálculos de como ela deve ser", afirmou, em nota, o astrônomo Jeffrey Linsky, líder do estudo. "Acredito que temos a melhor evidência observacional para apoiar essa teoria. Medimos o gás que deixa o planeta em velocidades específicas". 

O planeta, localizado a 153 anos-luz da Terra, tem uma massa pouco menor que a de Júpiter, mas a distância que o separa da estrela é apenas 1% da que existe entre Júpiter e o Sol. Este é um dos planetas extrassolares mais longamente estudados, porque foi um dos primeiros planetas descobertos a fazer trânsitos - isto é, cortar a linha de visão entre sua estrela e a Terra. 

Durante um trânsito, astrônomos têm a oportunidade de estudar a estrutura e a composição química da atmosfera planetária, a partir da luz estelar que se filtra por ela. 

O COS detectou elementos pesados, carbono e silício, na atmosfera superaquecida de mais de 1.000º C. Essa detecção revelou que a estrela está aquecendo a atmosfera por inteiro, arrastando para o alto os elementos mais pesados e permitindo que escapem para o espaço. 

O instrumento também mostrou que o material que deixa o planeta não parte todo na mesma velocidade. "Encontramos gás escapando a altas velocidades, com uma grande parte fluindo a mais de 30.000 km/h", disse Linsky. "Esse grande fluxo de gás é provavelmente gás arrastado pelo vento estelar para formar uma cauda que segue o planeta".

VISITA TÉCNICA - Usina Hidrelétrica Itaipu

  • Data 12/08/2010 a 15/08/2010
  • Início--
  • Término--
  • LocalFoz do Iguaçu - Paraná
Programação:
O Instituto de Engenharia, por meio de sua Vice-Presidência de Assuntos Internos, realizará, de 12 a 15 de agosto uma visita técnica à Usina Hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai, em Foz do Iguaçu, no Paraná. 

Empresa binacional construída pelo Brasil e pelo Paraguai, no rio Paraná, a Usina de Itaipu faz parte da lista das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, elaborada em 1995 pela revista Popular Mechanics, dos Estados Unidos. Essa lista foi feita com base numa pesquisa realizada pela Associação Norte-Americana de Engenheiros Civis (Asce) entre engenheiros dos mais diversos países. 

É uma oportunidade única, para engenheiros ou profissionais de outras áreas, conhecer de perto uma hidrelétrica e o trabalho que foi desenvolvido em termos de sustentabilidade em relação ao meio ambiente. Para essa obra grandiosa, que gera energia limpa, foram necessários 40 mil trabalhadores diretos. Para o material, foram usados 12,57 milhões de m³ de concreto (o equivalente a 210 estádios do Maracanã) e uma quantidade de ferro equivalente a 380 torres Eiffel.



Comparando a construção da hidrelétrica de Itaipu com o Eurotúnel (que liga França e Inglaterra sob o Canal da Mancha) foram utilizados 15 vezes mais concreto e o volume de escavações foi 8,5 vezes maior. 

A visita contará com palestra institucional de Itaipu, encontro com engenheiros e visita à barragem, parte elétrica e turbinas. 


Observações:
Aproveite, programe-se e veja a seguir como participar e o valor do investimento, com opções de voos e estadia.

Design Original

Material Sintético

 Transporte

The Window Phone Concept by Seunghan Song
Tecnologia da Vorbeck otimiza baterias Li-ion.high speed train, high speed rail, britain, luxury travel, green transportation, priestmangoode
Trem de alta velocidade será orgulho britânico.
   
   

Bioquímica

Energia Sustentável

Mecânica


Catalisador reciclável baixará o custo do biodiesel.

 Energia solar abastece comunidade andina.
É preciso realizar treinamento específico para pilotar o brinquedinho voador.
Planador pessoal será realidade em breve.

Engenharia

A Falkirk Wheel, um exemplo da aplicação de várias técnicas e ciências da engenharia.
A engenharia é a ciência e a profissão de adquirir e de aplicar os conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos na criação, aperfeiçoamento e implementação de utilidades, tais como materiais, estruturas, máquinas, aparelhos, sistemas ou processos, que realizem uma determinada função ou objetivo.
Nos processos de criação, aperfeiçoamento e implementação, a engenharia conjuga os vários conhecimentos especializados no sentido de viabilizar as utilidades, tendo em conta asociedade, a técnica, a economia e o meio ambiente.
A engenharia é uma ciência bastante abrangente que engloba uma série de ramos mais especializados, cada qual com uma ênfase mais específica em determinados campos de aplicação e em determinados tipos de tecnologia.

Índice

[esconder]

O profissional da engenharia

O anel de ferro, símbolo dos engenheiros no Canadá.
O engenheiro é o profissional que exerce a prática de engenharia.
Em muitos países, o exercício da profissão de engenheiro obriga, para além da habilitação com um curso superior de engenharia, a uma licença ou certificação profissional atribuída pelo estado, por uma associação profissional, ordem ou instituição de engenheiros ou por um outro tipo de órgão de regulamentação profissional. Conforme o país, aos profissionais devidamente certificados ou licenciados está reservado o uso exclusivo do título profissional de "engenheiro" ou estão reservados outros títulos formais como "engenheiro profissional", "engenheiro encartado", "engenheiro incorporado", "engenheiro diplomado" ou "Engenheiro Europeu".
Normalmente, a lei restringe a prática de determinados atos de engenharia aos profissionais certificados e habilitados para tal, ainda que a prática dos restantes não esteja sujeita a essa restrição.
Para além da certificação como engenheiro propriamente dito, em alguns países existe a certificação como técnico de engenharia ou engenheiro técnico, associada aos profissionais cuja habilitação se limite a um curso superior de 1º ciclo ou de curta duração na área da engenharia. Estes profissionais estão normalmente autorizados a praticar atos de engenharia de complexidade inferior à daqueles cuja prática esteja exclusivamente reservada aos engenheiros.

História

Pirâmide egípcia de Khaf-re.
Balista, um engenho de guerra romano.
Máquina de Antikythera, o primeiro computador mecânico.
Máquina a vapor de Thomas Savery.
O conceito de engenharia existe desde a antiguidade, a partir do momento em que o ser humano desenvolveu invenções fundamentais como a polia, a alavanca e a roda. Cada uma destas invenções é consistente com a moderna definição de engenharia, explorando princípios básicos da mecânica para desenvolver ferramentas e objetos utilitários. [1][2]
O termo "engenharia" em si tem uma etimologia muito mais recente, derivando da palavra "engenheiro", que apareceu na língua portuguesa no início do século XVI e que se referia a alguém que construía ou operava um engenho. Naquela época, o termo "engenho" referia-se apenas a uma máquina de guerra como uma catapulta ou uma torre de assalto. A palavra "engenho", em si, tem uma origem ainda mais antiga, vindo do latim "ingenium" que significa "génio" ou seja uma qualidade natural, especialmente mental, portanto uma invenção inteligente.[3]
Mais tarde, à medida que o projeto de estruturas civis - como pontes e edifícios - amadureceu como uma especialidade técnica autónoma, entrou no léxico o termo "engenharia civil" como forma de distinção entre a atividade de construção daqueles projetos não militares e a mais antiga especialidade da engenharia militar. Hoje em dia, os significados originais dos termos "engenharia" e "engenharia civil" estão já largamente obsoletos, mas ainda são usados como tal em alguns países ou dentro do contexto de algumas forças armadas. [4][2]

Antiguidade

O Farol de Alexandria, as Pirâmides do Egipto, os Jardins Suspensos da Babilónia, aAcrópole de Atenas, o Parténon, os antigos aquedutos romanos, a Via Ápia, o Coliseu de Roma, Teotihuacán e as cidades e pirâmides dos antigos Maias, Incas e Astecas, a Grande Muralha da China, entre muitas outras obras, mantêm-se como um testamento do engenho e habilidade dos antigos engenheiros militares e civis. [4][2]
O primeiro engenheiro civil conhecido pelo nome foi Imhotep. Como um dos funcionários dofaraó Djoser, Imhotep provavelmente projetou e supervisionou a construção da Pirâmide de Djoser, uma pirâmide de degraus em Saqqara, por volta de 2630 a.C.-2611 a.C.. Ele poderá também ter sido o responsável pelo primeiro uso da coluna na arquitetura.
Os antigos Gregos desenvolveram máquinas tanto no domínio civil como no militar. AMáquina de Antikythera (o primeiro computador mecânico conhecido) e as invenções mecânicas de Arquimedes são exemplos da primitiva engenharia mecânica. Estas invenções requereram um conhecimento sofisticado de engrenagens diferenciais e planetárias, dois princípios-chave na teoria das máquinas que ajudou a projetar asembraiagens empregues na Revolução Industrial e que ainda são amplamente utilizadas na atualidade, em diversos campos como a robótica e a engenharia automóvel. [1]
Os exércitos chineses, gregos e romanos empregaram máquinas e invenções complexas como a artilharia que foi desenvolvida pelos Gregos por volta do século IV a.C.. Estes desenvolveram a trirreme, a balista e a catapulta. Na Idade Média, foi desenvolvido o trabuco.[1][2]

Renascimento

Nos séculos XV e XVI, a engenharia naval emerge em Portugal. Os novos tipos de naviosentão desenvolvidos - como a caravela, a nau redonda e o galeão - irão ser fundamentais nosgrandes descobrimentos marítimos. [1]
William Gilbert é considerado o primeiro engenheiro elétrico, devido à publicação da obra De Magnete em 1600, o qual foi o criador do termo "eletricidade". [1]
A primeira máquina a vapor foi construída em 1698 por Thomas Savery, que assim é considerado o primeiro engenheiro mecânico moderno. O desenvolvimento deste aparelho deu origem à Revolução Industrial nas décadas seguintes, permitindo o início da produção em massa. [1]
Com a ascensão da engenharia como profissão, durante o século XVIII, o termo tornou-se mais estritamente empregue para designar as atividades para cujos fins eram aplicadas amatemática e a ciência. Além disso, além das engenharias militar e civil, também foram incorporadas na engenharia o que antes eram conhecidas como "artes mecânicas".

Era moderna

A engenharia elétrica pode traçar as suas origens às experiências de Alexandre Volta em1800, às experiências de Michael Faraday, Georg Ohm e outros, bem como à invenção domotor elétrico em 1872. O trabalho de James Maxwell e de Heinrich Hertz no final do século XIX deram origem à eletrónica. [1]
As invenções de Thomas Savery e de James Watt deram origem à moderna engenharia mecânica. O desenvolvimento de máquinas especializadas e de ferramentas para a sua manutenção durante a Revolução Industrial levaram ao crescimento acentuado da engenharia mecânica. [1]
A engenharia química - tal como a engenharia mecânica - desenvolveu-se no século XIX, durante a Revolução Industrial. A produção à escala industrial precisava de novos materiais e de novos processos. Por volta de 1880, a necessidade da produção em larga escala dequímicos era tanta que foi criada uma nova indústria, dedicada ao desenvolvimento e fabricação em massa de produtos químicos em novas fábricas. A função do engenheiro químico era a de projetar essas novas fábricas e processos. [1]
A engenharia aeronáutica lida com o projeto de aeronaves. Nos tempos modernos, começou-se também a designá-la como "engenharia aeroespacial", dando ênfase à expansão daquele campo da engenharia que passou também lidar com o projeto de naves espaciais. As suas origens podem ser traçadas até aos pioneiros da aviação da viragem do século XIX para o século XX. Os conhecimentos primitivos de engenharia aeronáutica eram largamente empíricos, com alguns conceitos e perícias a serem importados de outros ramos da engenharia. Apenas alguns anos depois dos bem sucedidos voos dos irmãos Wright, adécada de 1920 viu um desenvolvimento extensivo da engenharia aeronáutica, através do desenvolvimento de aviões militares da época da Primeira Guerra Mundial. Entretanto, as pesquisas, para fornecer bases científicas fundamentais, continuaram através da combinação da física teórica com experiências. [1]
Durante a Segunda Guerra Mundial, inicia-se o desenvolvimento da engenharia de computação. A expansão radical da informática depois do final da guerra, irá tornar tanto osengenheiros de computação como os engenheiros informáticos em alguns dos maiores grupos de profissionais da engenharia. [1]

[editar] Metodologias

Tradicionalmente, a engenharia lidava apenas com objetos concretos e palpáveis. Modernamente, porém, esse cenário mudou. A engenharia lida agora também com entidades não-palpáveis, tais como custos, aplicações informáticas e sistemas.
Na engenharia, os conhecimentos científicos, técnicos e empíricos são aplicados para exploração dos recursos naturais e para a concepção, construção e operação de utilidades.

Resolução de problemas

O projeto e a instalação de aerogeradoresrepresentam problemas de aplicação de várias ciências e de técnicas da engenharia.
Os engenheiros aplicam as ciências físicas e matemáticas na busca por soluções adequadas para problemas ou no aperfeiçoamento de soluções já existentes. Mais do que nunca, aos engenheiros é agora exigido o conhecimento das ciências relevantes para os seus projetos, o que resulta que eles tenham que realizar uma constante aprendizagem de novas matérias ao longo de todas as suas carreiras.
Se existirem opções múltiplas, os engenheiros pesam as diferentes escolhas de projeto com base nos seus méritos e escolhem a solução que melhor corresponda aos requisitos. A tarefa única e crucial do engenheiro é identificar, compreender e interpretar os constrangimentos de um projeto, de modo a produzir o resultado esperado. Normalmente, não basta construir um produto tecnicamente bem sucedido, sendo também necessário que ele responda a outros requisitos adicionais.
Os constrangimentos podem incluir as limitações em termos físicos, criativos, técnicos ou de recursos disponíveis, a flexibilidade para permitir modificações e adições futuras, além de fatores como os custos, a segurança, a atratividade comercial, a funcionalidade e asuportabilidade. Através da compreensão dos constrangimentos, os engenheiros obtêm as especificações para os limites dentro dos quais um objeto ou sistema viável pode ser produzido e operado.
Tipicamente, os engenheiros irão tentar prever o quão bem os seus projetos se irão comportar em relação às suas especificações, antes de ser iniciada a prodição em larga escala. Para isso, irão empregar, entre outros: protótipos, maquetes, simulações, testes destrutivos, testes não destrutivos e testes de esforços. Testar assegura que o produto irá comportar-se de acordo com o esperado.
Como profissionais, os engenheiros levam a sério a sua responsabilidade em produzir projetos que se comportem conforme o esperado e que não causem males não intencionados ao grande público. Tipicamente, os engenheiros incluem uma margem de segurança nos seus projetos para reduzir o risco de falha inesperada. contudo, quanto maior a sua margem de segurança, menos eficiente se poderá tornar o projeto.
A engenharia também se ocupa do estado dos produtos falhados. A sua aplicação é muito importante a seguir a desastres como o colapso de pontes ou a queda de aviões, onde uma análise cuidadosa é necessária para descobrir as causas das falhas ocorridas. Este estudo poderá ajudar o projetista a avaliar o seu projeto com base em condições reais ocorridas no passado com projetos semelhantes.

O uso do computador

Simulação computacional do lançamento de uma nave espacial.
Tal como nas restantes atividades científicas e tecnológicas, os computadores e osprograma informáticos desempenham um papel cada vez mais importante na engenharia. Existem inúmeras aplicações assistidas por computador específicas para a engenharia. Os computadores podem ser usados para gerarem modelos de processos físicos fundamentais, que podem ser resolvidos através de métodos numéricos.
Umas das ferramentas mais utilizadas pelos engenheiros são as aplicações de desenho assistido por computador (CAD), que lhes permitem criar desenhos e esquemas em 2D e modelos em 3D. As aplicações CAD, juntamente com as aplicações de maquete digital (DMU) e de engenharia assistida por computador (CAE) - incluindo as de análise deelementos finitos e de elementos analíticos - permitem criar modelos de projetos que podem ser analisados sem a necessidade da construção de protótipos dispendiosos em termos de custo e de tempo.
Estas aplicações permitem que os produtos e componentes sejam verificados para detecção de falhas, avaliados em termos de montagem e ajustamento e estudados em termos de ergonomia. Também permitem a análise das caraterísticas dinâmicas dos sistemas como as tensões, temperaturas, emissões eletromagnéticas, correntes elétricas,voltagens, vazão e cinemática. O acesso e a distribuição de toda esta informação é geralmente organizado através do uso de aplicações de gestão de dados do produto (PDM).
Existem também uma série de ferramentas para suporte de tarefas específicas de engenharia, como as aplicações de fabricação assistida por computador (CAM) que geram instruções para as máquinas de controlo numérico computorizado (CNC), as de gestão de processos de fabrico (MPM) para a engenharia de produção, as de desenho de eletrónica assistido por computador (ECAD ou EDA) para desenho de esquemas de circuitos elétricose de circuitos impressos para a engenharia eletrónica, as de manutenção, reparação e operações para a gestão da manutenção e as de arquitetura, engenharia e construção (AEC) para a engenharia civil.
Recentemente, o uso do computador no auxílio ao desenvolvimento de utilidades passou a ser coletivamente conhecido como gestão do ciclo de vida do produto.

Ramos da engenharia

Teste de utilização de biocombustível nummotor a jato de aviação, uma aplicação comum das engenharias mecânica, aeronáutica e química.
Irrigação de um campo de algodão, uma aplicação da engenharia agronómica.
Rede de distribuição de eletricidade, uma aplicação da engenharia elétrica.
A engenharia, é uma ciência bastante abrangente que é muitas vezes subdividida em diferentes ramos ou especialidades. Cada uma destas especialidades preocupa-se com um determinado tipo de tecnologia ou de campo de aplicação. Apesar de inicialmente um engenheiro se formar normalmente numa especialidade específica, ao longo da sua carreira na maioria dos casos irá tornar-se polivalente, penetrando com o seu trabalho em diferentes áreas da engenharia. [1][4]
Historicamente, existiam a engenharia militar e a engenharia naval. A partir da engenharia militar começou por desenvolver-se o ramo da engenharia civil. Posteriormente, a engenharia civil (em sentido lato) subdividiu-se em cinco especialidades tradicionais: [1][4]
Paralelamente, algumas das ciências agrárias aproximaram-se da engenharia e acabaram por nela se integrar, originando especialidades como:
Com o surgimento das engenharias relacionadas com a agricultura, surge a dicotomia entre estas e a engenharia industrial que agrupa as especialidades tradicionais da engenharia civil, mecânica, elétrica, química e de minas. A engenharia industrial irá contudo deixar de ser um agrupamento de especialidades e tornar-se ela própria numa especialidade da engenharia, vocacionada para o aperfeiçoamento de processos e da gestão industrial através da integração dos fatores tecnológicos, humanos e económicos. [1]
Posteriormente, com o rápido avanço da tecnologia, foram-se desenvolvendo e ganhando proeminência diversos novos campos da engenharia, como o dos materiais, aeronáutica,computação, informática, mecatrónica, robótica, nanotecnologia, nuclear, molecular,ambiente, alimentar e muitos outros. Alguns dos novos campos da engenharia resultam da subdivisão de especialidades tradicionais ou, pelo contrário, da combinação de diferentes especialidades. [1]
O prestígio da engenharia fez com que áreas fora dela também a ela se quisessem associar. Surgiram assim campos exteriores ao que convencionalmente é considerado engenharia, mas também referidos como tal, sendo alguns exemplos a "engenharia jurídica", a "engenharia financeira" ou a "engenharia comercial".
Quando uma nova área da engenharia emerge, normalmente é inicialmente definida como uma sub-especialidade ou como uma derivação de especialidades já existentes. Frequentemente, existe um período de transição entre o aparecimento do novo campo e o crescimento do mesmo até ter uma dimensão ou proeminência suficientes para poder ser classificado como nova especialidade da engenharia. Um indicador chave para essa emergência é o número de cursos criados nessa especialidade nas principais instituições de ensino superior.
Existe uma considerável sobreposição de matérias comuns a todas as especialidades da engenharia. Quase todas elas, por exemplo, fazem grande aplicação da matemática, dafísica e da química.

Relação com outras ciências e artes

Ciências

Núcleo de um reator nuclear, fruto da colaboração entre físicos e engenheiros.
Coração artificial, resultante da cooperação entre a medicina e a engenharia.
Leonardo da Vinci, o exemplo perfeito da associação entre o engenheiro, o artista e o cientista.
Existe uma sobreposição entre a prática da ciência e a da engenharia. Na engenharia aplica-se a ciência. Ambas as atividades baseiam-se na observação atenta dos materiais e dos fenómenos. Ambas usam a matemática e critérios de classificação para analisarem e comunicarem as observações. [1]
Espera-se que os cientistas interpretem as suas observações e façam recomendações versadas para ações práticas baseadas nessas interpretações. Os cientistas podem também desempenhar tarefas totalmente de engenharia como a do desenho de aparelhos experimentais ou a da construção de protótipos. Reciprocamente, no processo de desenvolvimento de tecnologia, os engenheiros ocasionalmente apanham-se a explorar novos fenómenos, transformando-se assim, momentaneamente, em cientistas. [1]
No entanto, a pesquisa em engenharia tem um caráter diferente da pesquisa científica. Em primeiro lugar, frequentemente lida com áreas em que a física e a química básicas são bem conhecidas, mas os problemas em si são demasiado complexos para serem resolvidos de uma forma exata. Exemplos, são o uso de aproximações numéricas nas equações de Navier-Stokes para a descrição do fluxo aerodinâmico sobre uma aeronave ou o uso da regra de Miner para cálculo dos danos provocados pela fadiga do material. Em segundo lugar, a pesquisa em engenharia emprega muitos métodos semi-empíricos que são estranhos à pesquisa científica pura, sendo um exemplo o do método da variação de parâmetros.[5]
Essencialmente, pode dizer-se que os cientistas tentam entender a natureza enquanto que os engenheiros tentam fazer coisas que não existem na natureza.[6]

Medicina e biologia

O estudo do corpo humano, em algumas das suas formas e propósitos, constitui uma importante ligação entre a medicina e alguns campos da engenharia. A medicina tem como objetivo sustentar, aumentar e até substituir funções do corpo humano, se necessário, através do uso da tecnologia.
A moderna medicina pode substituir várias funções do corpo através do uso de órgãosartificiais e pode alterar significativamente várias dessas funções através de dispositivos como implantes cerebrais e marca-passos. A biónica é um campo específico que se dedica ao estudo dos implantes sintéticos em sistemas naturais. [7][8]
Reciprocamente, alguns campos da engenharia olham para o corpo humano como uma máquina biológica que merece ser estudada e dedicam-se a melhorar muitas das suas funções através da substituição da biologia pela tecnologia. Isto levou a campos como ainteligência artificial, as redes neurais, a lógica difusa e a robótica. Existem também interações substanciais entre a engenharia e a medicina.[9][10]
Ambos os campos fornecem soluções para problemas do mundo real. Isto, frequentemente, requer avançar mesmo antes de um fenómeno ser completamente compreendido em termos científicos o que faz com que a experimentação e o conhecimento empírico sejam uma parte integral tanto da medicina como da engenharia.
A medicina ocupa-se do estudo do funcionamento do corpo humano o qual, como uma máquina biológica, tem muitas funções que podem ser modeladas através do uso de métodos da engenharia. O coração, por exemplo, funciona como uma bomba hidráulica, oesqueleto funciona como uma estrutura e o cérebro produz sinais elétricos. Estas semelhanças, bem como a crescente importância da aplicação dos princípios da engenharia è medicinal levou ao desenvolvimento da engenharia biomédica, que usa conceitos de ambas. [11][12][13][14]
Novos ramos emergentes da ciência, como a biologia de sistemas, vêm adaptando ferramentas analíticas tradicionalmente usadas na engenharia, como a modelação de sistemas e a análise computacional, para a descrição de sistemas biológicos.

Artes

A moderna engenharia deriva em parte do que, antigamente, eram consideradas as artes mecânicas. Ainda se mantêm muitas ligações entre as modernas artes e a engenharia, que são diretas em alguns campos como os da arquitetura, da arquitetura paisagística e dodesign industrial, ao ponto destas disciplinas serem parte integrantes dos currículos de alguns cursos superiores de engenharia. [15][16][17][18]
De entre as figuras históricas famosas, Leonardo da Vinci é um bem conhecido artista e engenheiro do Renascimento, constituindo um exemplo da ligação entre as artes e a engenharia. [19]

Outros campos

A ciência política, pegou no termo "engenharia" e empregou-o no âmbito do estudo de vários assuntos como a engenharia social e a engenharia política, que lidam com a formação das estutura política e social usando uma metodologia da engenharia associada aos principios da ciência política.

Ensino da engenharia

Daniel-Charles Trudaine, engenheiro e fundador da École Royale des Ponts et Chaussées.
Até ao século XX, na maioria dos países, o ensino da engenharia era realizado em escolas superiores especializadas não universitárias, uma vez que tradicionalmente o ensino dasuniversidades se concentrava em áreas como as humanidades, a medicina e o direito. Hoje em dia, no entanto, além de continuar a ser realizado em escolas especiais, o ensino da engenharia é já realizado na maioria das grandes universidades.
Na maioria dos países, os cursos que dão acesso à profissão de engenheiro têm uma duração mínima de quatro ou cinco anos. Nos países cujos sistemas de ensinos seguem os moldes do Processo de Bolonha, a formação de um engenheiro implica a realização do 2º ciclo do ensino superior, incluindo normalmente uma totalidade de cinco anos de estudos e a realização de uma dissertação, tese ou estágio final. Nalguns destes países, a conclusão do 1º ciclo de um curso superior de engenharia poderá dar acesso à profissão de engenheiro técnico ou de técnico de engenharia.
É difícil determinar quais foram as mais antigas escolas de engenharia, uma vez que o ensino de matérias que hoje fazem parte da engenharia vem já desde a antiguidade. No entanto, segundo os padrões modernos podem apontar-se as seguintes escolas precursoras destes ensino:
  1. École Royale des Ponts et Chaussées - fundada em 1747 em Paris, França;
  2. Bergakademie Freiberg - fundada em 1765 em Freiberga, Saxónia;
  3. Academia de Minería y Geografía Subterránea de Almadén - fundada em 1777, emAlmadén, Espanha;
  4. Stavovská inženýrská škola - fundada em 1787, em Praga, Boémia;
  5. Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho - fundada em 1790 em Lisboa,Portugal;
  6. Real Seminario de Minería - fundado em 1792, no México;
  7. Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho - fundada em 1792, no Rio de Janeiro, Brasil;
  8. École Polytechnique - fundada em 1794 em Paris, França;
  9. Kaiserlich-Königlich Polytechnisches Institut - fundado em 1815, em Viena, Áustria;
  10. Polytechnische Schule Karlsruhe - fundada em 1825 em Karlsruhe, Baden.

Brasil

O ensino da engenharia no Brasil tem origem em 1699, altura em que o Rei D. Pedro II de Portugal ordena a criação aulas de fortificação em vários pontos do Ultramar Português, para não estarem tão dependentes de engenheiros vindos do Reino. Em território brasileiro, seriam criadas destas aulas no Rio de Janeiro, em Salvador da Baía e no Recife. [20]
No entanto, a mais antiga escola a ministrar cursos de engenharia segundo os moldes modernos foi a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, fundada em 1792 no Rio de Janeiro pela Rainha D. Maria I de Portugal, segundo o modelo da academia com o mesmo nome existente em Lisboa. As atuais Escola Politécnica do Rio de Janeiro eInstituto Militar de Engenharia consideram-se os sucessores daquela academia, este último reivindicando ser a mais antiga escola de engenharia das Américas. [20][21]
Hoje em dia, o ensino da engenharia é realizado em inúmeras universidades e escolas espalhadas por todos os estados do Brasil.

Portugal

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Em Portugal, o ensino do que é hoje a engenharia remonta à formação em artes mecânicas e em ciências físicas e matemáticas, realizadas desde a Idade Média. Destaca-se o ensino da construção naval, já com metodologias técnicas e científicas avançadas, que leva ao desenvolvimento de novos tipos de navios, permitindo as grandes explorações marítimas portuguesas.
O ensino da moderna engenharia começou a desenvolver-se na primeira metade do século XVII, com a necessidade de engenheiros militares em virtude da Guerra da Restauração. Para a formação dos mesmos, em 1647, o Rei D. João IV funda a Aula de Fortificação e Arquitetura Militar em Lisboa. Em 1699, o Rei D. Pedro II ordena a criação de aulas de fortificação em vários locais do Ultramar, como Angola e Brasil. Em 1707, a Aula de Fortificação e Arquitetura Militar é transformada na Academia Militar da Corte, sendo também criadas academias militares provinciais, a primeira das quais em Viana do Minho e, posteriormente, também em Elvas e Almeida. Em 1779, aquelas academias são extintas, ao mesmo tempo que é criada a Academia Real de Marinha, cujos estatutos prevêm a existência de uma escola de engenharia e fortificação, a qual seria frequentada pelos candidatos a engenheiros militares, depois da frequência do Curso Matemático dos Oficiais Engenheiros realizado na Academia de Marinha. [22] [23]
A referida escola de engenharia e fortificação só virá a ser criada pela Rainha D. Maria I, a 2 de janeiro de 1790, na forma da Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho(ARFAD). Esta é considerada a primeira escola moderna de engenharia portuguesa e uma das primeiras do mundo. Na ARFAD era realizado um curso militar, que para os candidatos a oficiais engenheiros tinha a duração de quatro anos, incluindo as cadeiras de fortificação regular, de fortificação irregular, de arquitetura civil e de hidráulica, além de uma aula de desenho. A admissão no curso de oficiais engenheiros implicava a habilitação com os dois primeiros anos do curso matemático da Academia Real da Marinha ou, em alternativa, a habilitação com um curso preparatório na Faculdade de Matemática da Universidade de Coimbra. [22][23][24]
Durante o século XIX, o ensino superior de engenharia irá desenvolver-se com a criação de diversas escolas militares e civis. Em 1837, são criadas a Escola Politécnica de Lisboa e aEscola do Exército - por remodelação, respetivamente da Academia Real da Marinha e da ARFAD - mantendo-se o sistema da primeira ministrar os preparatórios científicos dos cursos de engenharia a serem realizados na segunda. Além do curso de engenharia militar, a Escola do Exército passa também a ministrar o curso de engenharia civil. Em 1837, é também criada a Academia Politécnica do Porto, com os cursos completos de engenheiros civis nas especialidades de minas, de pontes e estradas e de construtores navais, além dos preparatórios para acesso à Escola do Exército. Em 1896, o Instituto Industrial e Comercial de Lisboa passa a ministrar um curso superior industrial, diplomando engenheiros industriais. [22]
No século XX, o ensino da engenharia passa pela primeira a ser realizado na universidade, quando a Academia Politécnica do Porto é integrada na nova Universidade do Porto, criada em 1911, com os seus cursos de engenharia a estarem na génese da atual Faculdade de Engenharia daquela universidade. Ao mesmo tempo, o Instituto Industrial e Comercial de Lisboa é desdobrado, com o seu ensino de engenharia a dar origem ao Instituto Superior Técnico. Entretanto, na sequência da reforma do ensino superior agrícola, o antigo curso de agronomia dá origem aos cursos de engenheiro agrónomo e de engenheiro silvicultor doInstituto Superior de Agronomia. [25]
Também se desenvolve o ensino médio técnico industrial, cujos diplomados passam a ser considerados engenheiros auxiliares em 1918 e agentes técnicos de engenharia em 1926. Os institutos industriais são transformados em estabelecimentos de ensino superior em1974, passando a ministrar cursos de bacharelato, cujos diplomados passam a ser engenheiros técnicos.
Atualmente, o ensino da engenharia é realizado em universidades e institutos politécnicos, tanto públicos como privados. São oferecidas várias centenas de cursos de engenharia de 1º e de 2º ciclo. No entanto, apenas uma pequena percentagem destes está acreditada - pelaOrdem dos Engenheiros ou pela Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos - dando aos seus diplomados um acesso automático às profissões, respetivamente, de engenheiro e de engenheiro técnico.

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