sábado, 16 de janeiro de 2010

Programa de Afiliados brasileiro é fruto do oportunismo

Segundo o sítio de Internet e-Commerce, especializado em temas do comércio eletrônico, o Programa de Afiliados começou a ser difundido pela Amazon.com, famosa loja virtual norte-americana. Por outro lado, só depois do lançamento do programa da Google que o negócio passou a ser explorado de forma agressiva pelo mundo. Nos EUA, tão logo o Programa de Afiliados tornou-se uma moda, sendo amplamente desenvolvido por diversas organizações. Entre grupos nacionais não se vê boas referências, mas um conglomerado de oportunistas, entre eles estão provedores de Internet, lojas virtuais e outros atores do comércio eletrônico.

Temos observado que em matéria de Programa de Afiliados a Google é a única a fazer um trabalho no Brasil com profissionalismo e interesse real pelo negócio. No País, ainda não conseguimos identificar nada que possa ser comparado ao bem sucedido Google Adsense. A leitura que fazemos do Programa de Afiliados brasileiro é a de que ele carece de plataformas eletrônicas estáveis, planos de monetização viavéis a curto, médio e longo prazo, assistência e suporte ao afiliado e maior nº de pessoas envolvidas na sua administração. Quem promove um programa como esse, certamente não dedicou muita importância para o seu planejamento.

A razão para os problemas que caracterizam o Programa de Afiliados do Brasil prende-se ao contexto competitivo do comércio eletrônico. Grupos nacionais se viram obrigados a fazer a importação do modismo norte-americano para não perderem oportunidades de negócio face a ação dos concorrentes, mesmo sem disporem de tecnologia apropriada e know-how para realizar o programa com eficiência. Isso teve um efeito negativo na imagem deles, que estão marcados pelo oportunismo e não pela competência, em se tratando de Programa de Afiliados. Em oposição, grupos norte-americanos se consolidam cada vez mais dentro deste negócio.

Ísio Ribeiro Jr., em seu sítio de Internet, afirma que o oportunista não constrói bases sólidas. “Contrário à lógica, sua ascensão profissional é surpreendentemente rápida, mas "de per si" ilusória e instável”, ele diz. Assim vemos lojas virtuais, provedores de Internet e outros do comércio eletrônico brasileiro no desenvolver do Programa de Afiliados, em geral, porque, embora tenham obtido retorno com o negócio, são constantemente obrigados a refazer seus planos de monetização, reter pagamentos, atrasar atendimentos, reparar falhas de softwares e até interromper o programa para a sua reformulação, gerando problemas para os afiliados.

Programa de Afiliados: o começo de um novo paradigma

Depois do sucesso do Google Adsense no Brasil e no mundo, diversas empresas brasileiras decidiram iniciar um Programa de Afiliados. Infelizmente, nenhuma delas criou algo que possa ser comparado ao programa da Google. Falta tecnologia de ponta, profissionalismo, equipe e material de suporte, planejamento e interesse da parte das brasileiras para elevar seus programas ao mesmo patamar do Google Adsense. Diante dos problemas enfrentados por elas na realização do Programa de Afiliados, resolvi oferecer uma visão sobre o que seria um modelo mais seguro, justo e rentável tanto para quem promove quanto para quem se afilia a ele. Adiante, veremos que fatores chave para o bom desenvolvimento do negócio foram identificados e quais soluções propostas para a formação de um novo paradigma.

É muito comum a presença de oportunistas dentro de um Programa de Afiliados. Eles são responsáveis por tentativas de fraudes, gerando, por vezes, “cliques” involuntários. Tentam tirar proveito da instabilidade dos softwares que gerenciam o programa. E estão sempre em busca de retorno no curto prazo. Como efeitos negativos dessas práticas, podemos citar a mudança desenfreada da tabela de valores referente às modalidades do programa. Um clima de desconfiança entre aqueles que acompanham atentos o desempenho dos afiliados, o que pode levar a aplicação arbitrária de punições. Face ao perfil dos mal intencionados, é importante categorizar o Programa de Afiliados, restringindo os oportunistas ao nível mais baixo, onde logo devem descobrir que o negócio foi feito para aqueles que pretendem fazer um trabalho profissional, honesto, duradouro, em busca de retorno no médio e longo prazo.

Por mais que hajam tecnologias capazes de identificar ações suspeitas dentro do Programa de Afiliados, nem sempre é possível garantir que elas têm de fato e realmente maldade. O que me faz atentar para o fato de que só a tecnologia não basta para afastar os oportunistas do programa. Quando me referi à categorização deste, em parágrafo anterior, evidenciei o valor que cada grupo de afiliados representa para o Programa de Afiliados. A criação de níveis numa escala que vai de “bronze” a “diamante” permite estimular mais o afiliado sério, através de melhor plano de monetização e desencorajar a entrada de “vilões” no programa. Crescer nessa escala implica em superar quotas de CPM, CPC e CPA. Aqueles que não apresentarem progresso durante certo período dentro do programa têm seus sites banidos.

Atualmente, os Programas de Afiliados são desenvolvidos sem tratar CPM, CPC e o CPA como variáveis de um negócio único, mas sim como modalidades isoladas do programa. Em razão disso, injustiças são cometidas contra os melhores afiliados. Exemplo: Uma empresa paga R$ 0,50 pelo CPM, R$ 0,25 pelo CPC e R$ 100,00 (5% da venda de um PC de R$ 1000,00) pelo CPA. Enquanto um afiliado corresponde às expectativas da empresa em cada modalidade, considerando determinado período, o outro não preenche todas as lacunas relevantes para o desenvolvimento do negócio, obtendo ainda assim, melhores resultados econômicos.

Modelo atual
CPM
CPC
CPA (R$)
RESULTADO
ALAN
4000
600
0
R$ 151,00
JOSÉ
1000
50
100
R$ 113,00

Em oposição ao paradigma atual, o Programa de Afiliados deve pagar valores aos afiliados baseado no resultado de uma equação complexa, pautada no critério de proporcionalidade, que envolve CPM, CPC e CPA. Somar simplesmente os ganhos obtidos pelos participantes do programa em cada modalidade é uma equação injusta, conforme vimos anteriormente. Dessa forma, não basta ao afiliado conquistar altos ganhos com “cliques” na publicidade e não obter outros ganhos por falta de ações de adesão dos visitantes do seu site em relação ao que é anunciado lá. Assim, o afiliado naturalmente passa a compartilhar com o objetivo de quem anuncia produtos e serviços por meio de Programa de Afiliados. Nesse contexto, o CPA passa ser a principal modalidade do negócio e as demais constituem a sua plataforma.

No modelo proposto, o crescimento da monetização decorre da combinação das três variáveis: CPM, CPC e CPA. Os três C’s do Programa de Afiliados devem ser entendidos como etapas de uma transação comercial a serem seguidas pelos afiliados. A manutenção e o progresso deles dentro do programa dependem disso. Na medida em que atingem o objetivo principal, que é proporcionar a ação de adesão dos visitantes de seus sites aos produtos e serviços anunciados, os afiliados são promovidos a um nível superior, numa escala de monetização. Por outro lado, aqueles que não evoluírem dentro de um determinado período, deverão fazer uma nova proposta, ou seja, apresentar um novo site para voltar a participar do programa.

Monopólio no comércio eletrônico C2C começa a ceder

TodaOferta do UOL foi a melhor coisa que aconteceu em matéria de comércio eletrônico C2C nos últimos anos. O surgimento da nova plataforma dá início a formação de um novo cenário no setor, há muitos anos dominado pelo MercadoLivre. Passados mais de dois anos desde a data de seu lançamento, TO mostra que representa uma ameaça efetiva ao ML.

Em 2007, com uma proposta semelhante ao da concorrência, mas ainda assim com alguns diferenciais competitivos, o novo empreendimento do UOL foi recebido bem pelos fiéis do comércio eletrônico C2C. Bruno Godoi, em seu weblog, teceu no ano de lançamento do TO, bons comentários a respeito deste, além de fazer as inevitáveis comparações com o ML.

Diante do crescimento acelerado do concorrente, o ML decidiu defender-se com uma série de modalidades de anúncio (um deles com gratuidade parcial) e também com esquema de preços mais competitivos, isto é, quando comparado a ausência de cobrança de taxas pelo TO para publicação de anúncios básicos e conversão de vendas. Veja aqui as novas ofertas do ML.

Por outro lado, aproveitando o gancho de um dos maiores provedores de Internet do Brasil, tanto em termos de visitantes como em assinantes, o TO aumenta o número de usuários de sua plataforma. Embora o monopólio de mais de cinco anos tenha fortalecido a imagem do ML, o provedor UOL tem alto índice de popularidade e uma marca de maior visibilidade.

Este ano o ML completou dez anos, ciente de que a conjuntura do comércio eletrônico C2C não é a mesma de 5 anos atrás, quando aquisições de concorrentes como iBazar, Lokau e Arremate.com se faziam relevantes para que o negócio conquistasse corpo dentro de uma modalidade de comércio eletrônico recém-surgida, mas com alguns fortes concorrentes.

Dentro do contexto atual, TO, com sua estratégia de "preço de penetração" desafia, enfim, as barreiras criadas pelo ML, que, por sua vez, luta para não perder o monopólio construído após aquisições citadas. Para os consumidores de ambas as plataformas, o melhor é que vença a concorrência, o que permite uma busca maior de diferenciação (novas soluções) entre elas.

PagSeguro do UOL realiza cobrança indevida de taxa

A PagSeguro (antiga Brpay) do UOL é uma plataforma de comércio eletrônico que facilita a troca de bens entre um consumidor final e outro. Pela intermediação das transações, a PS cobra uma taxa do responsável pelas vendas, sendo a mesma cobrada de forma abusiva, considerando que incide em cima do preço de um serviço não realizado pela empresa.

A PS faz sua cobrança em cima do valor total da transação comercial, isto é, preço dos bens vendidos mais preço do frete de correios. Como a empresa não tem participação nenhuma nos serviços postais, fica evidente se tratar de uma cobrança indevida. Espera-se que a PS se limite a calcular o valor que lhe cabe somente em torno do preço dos produtos vendidos.

O artigo 20, cláusula III, da lei 8.884/94, dispõe que o aumento arbitrário dos lucros constitui infração de ordem econômica, o que se aplica a conduta da empresa PS.

Recentemente, fui alvo da prática abusiva em questão. Vendi um produto por R$ 85,00 e mais R$ 12,50 foi cobrado pelo frete de correios ao meu cliente. Posteriormente, uma taxa de intermediação de 6,4% mais uma tarifa de R$ 0,40 foi cobrada a mim pela PS, gerando um valor de R$ 6,64 em favor da empresa. Recebi R$ 78,76, quando deveria receber R$ 79,16.

Diante do problema, na condição de consumidor dos serviços da PS, solicitei justificativas para o procedimento adotado na cobrança de taxa, mas entre fugas, respostas desconexas e ou incoerentes, a Central de Atendimento da empresa não consegue justificar nada. Então, decidi abandonar, definitivamente, o diálogo com a PS e informar ao público sobre a prática abusiva.

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