quinta-feira, 19 de novembro de 2009

TECNOLOGIA E VIDA SOCIAL

O homem moderno tem incluído em seu cotidiano uma série de hábitos recheados de alta tecnologia, que o empurra cada vez mais para o isolamento, refletindo em seu convívio social, transformando toda a sociedade. Por causa disso e do computador que nos interliga a todos os lugares, não há mais separação da casa e do trabalho, com isso temos o contrafluxo da urbanização- ninguém precisa viver nas grandes metrópoles para manter-se informado, pois faz isso facilmente com as novas tecnologias.

A revolução digital trouxe um golpe fatal com a chegada da internet. Ela oferece aos usuários o que as ruas já não podem oferecer mais: segurança, conforto, lazer sem gastar muito, parecendo uma saída aos problemas das cidades, mas não parece real, pois ela não substitui o contato social quando estes necessitam de olho no olho, como as relações afetivas por exemplo.

Com a vida digital a urgência de contato pessoal está cada vez mais em segundo plano. Com a entrada do computador na vida acadêmica por exemplo, alunos que trocavam experiências sobre suas disciplinas passaram a discutir só sobre programas de computador. As visitas feitas em museus de arte, espetáculos e cinemas caíram drasticamente.

Desse modo, é preciso repensar um pouco mais sobre as conquistas tecnológicas invadindo a vida social das pessoas, talvez o fato de tornar o computador mais secundário em suas atividades faça o indivíduo menos dependente dessa máquina conquistando novamente os contatos sociais reais e mais produtivos para cada pessoa.

Para André Lemos a tecnologia não é mais um instrumento de separação, ela se transforma em uma ferramenta convivial e comunitária.

Neste final de século, a dinâmica sócio-técnica que se instaura mistura as tecnologias digitais e a socialidade pós-moderna formando então a cibercultura, onde a forma técnica é transformada da apropriação técnica do social para apropriação social da técnica, havendo uma convergência entre o social e o tecnológico, é a socialidade que se apropria da técnica.

A socialidade é a multiplicidade de experiências coletivas baseadas no ambiente imaginário, passional, erótico e violento do dia-a-dia, Para Michel Mafessoli a socialidade é um conjunto de práticas quotidianas que escapam do controle social rígido, são os momentos de submissão da razão à emoção de viver o estar junto, assim é a socialidade que faz a sociedade. A cibercultura é marcada por esse comportamento.

Nos dias de hoje há um surgimento de uma "cultura do sentimento", Mafessoli identifica que seja formada por relações táteis, preocupando-se apenas com o presente vivido coletivamente. Isso caracteriza a formação de uma sociedade de comunicação estruturada através da conectividade generalizada, utilizando redes planetárias de comunicação( ciberespaço ) em tempo real. Esse comunitarismo tribal está presente nas redes telemáticas como a internet. A socialidade então vai ser alimentada pelas tecnologias micro-eletrônicas e pelo excesso de imagens. O que caracterizará a nova geração será a simultaneidade.

Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação, podemos reconhecer ainda outro tipo de sociedade, a sociedade da informação, constituída por um público altamente educado e que tem acesso ao conhecimento. Na verdade há várias interpretações existentes sobre essa sociedade, o que realmente é importante é que a informação alcançou um alto patamar na sociedade contemporânea.

A revolução da informática está fazendo o poder econômico mudar de mãos, que está obrigatoriamente passando pelas mãos de quem tem esse controle sobre a informação.

Vivemos em nossos dias uma pós –industrialização - substituição da industrialização pelos serviços e informações como forma de economia dominante .

Vivemos em uma sociedade baseada na mídia, mas as características informacionais que nós encontramos vão mais além do que sugerem os sistemas de televisão, rádio e jornal. Dessa maneira, se torna imprescindível examinar o significado, a qualidade e o valor da informação. É preciso saber quem produziu a informação, com seus objetivos e conseqüências, abrindo um caminho mais amplo para avaliar a sociedade de informação.

Alguns autores analisam algumas ansiedades a serem trabalhadas; como os transtornos que as novas tecnologias podem causar à rotina e rituais da família, ameaçando seus valores, que pode ser vista também como uma "revolução doméstica".

É preciso reconhecer o significado social que o consumo das novas tecnologias agrega para profissionais e estudantes, empregados autônomos e desempregados, homem e mulher e nos dias de hoje até nas crianças, que define seu caráter social através do poder da cultura familiar.

Com toda essa análise não podemos deixar de citar os que ficam excluídos desse processo, talvez esse seja o futuro imperfeito das novas tecnologias que se configura sobretudo pelas desigualdades culturais e econômicas cada vez mais impostas aqueles que se encontram a margem da sociedade, os "sem tecnologia".

Para remanejar o mercado e toda essa face da realidade é preciso encontrar caminhos criativos e políticas públicas para não aumentar ainda mais as diferenças de oportunidades e para que não sejam ampliados os tradicionais níveis de desvantagens. É preciso ir mais além das atuais atitudes que o governo toma, que além de serem insuficientes, são quase inúteis para abranger toda a nossa sociedade, que está carregada de diferenças sociais, culturais e econômicas.

TECNOLOGIA E VIDA SOCIAL

O homem moderno tem incluído em seu cotidiano uma série de hábitos recheados de alta tecnologia, que o empurra cada vez mais para o isolamento, refletindo em seu convívio social, transformando toda a sociedade. Por causa disso e do computador que nos interliga a todos os lugares, não há mais separação da casa e do trabalho, com isso temos o contrafluxo da urbanização- ninguém precisa viver nas grandes metrópoles para manter-se informado, pois faz isso facilmente com as novas tecnologias.

A revolução digital trouxe um golpe fatal com a chegada da internet. Ela oferece aos usuários o que as ruas já não podem oferecer mais: segurança, conforto, lazer sem gastar muito, parecendo uma saída aos problemas das cidades, mas não parece real, pois ela não substitui o contato social quando estes necessitam de olho no olho, como as relações afetivas por exemplo.

Com a vida digital a urgência de contato pessoal está cada vez mais em segundo plano. Com a entrada do computador na vida acadêmica por exemplo, alunos que trocavam experiências sobre suas disciplinas passaram a discutir só sobre programas de computador. As visitas feitas em museus de arte, espetáculos e cinemas caíram drasticamente.

Desse modo, é preciso repensar um pouco mais sobre as conquistas tecnológicas invadindo a vida social das pessoas, talvez o fato de tornar o computador mais secundário em suas atividades faça o indivíduo menos dependente dessa máquina conquistando novamente os contatos sociais reais e mais produtivos para cada pessoa.

Para André Lemos a tecnologia não é mais um instrumento de separação, ela se transforma em uma ferramenta convivial e comunitária.

Neste final de século, a dinâmica sócio-técnica que se instaura mistura as tecnologias digitais e a socialidade pós-moderna formando então a cibercultura, onde a forma técnica é transformada da apropriação técnica do social para apropriação social da técnica, havendo uma convergência entre o social e o tecnológico, é a socialidade que se apropria da técnica.

A socialidade é a multiplicidade de experiências coletivas baseadas no ambiente imaginário, passional, erótico e violento do dia-a-dia, Para Michel Mafessoli a socialidade é um conjunto de práticas quotidianas que escapam do controle social rígido, são os momentos de submissão da razão à emoção de viver o estar junto, assim é a socialidade que faz a sociedade. A cibercultura é marcada por esse comportamento.

Nos dias de hoje há um surgimento de uma "cultura do sentimento", Mafessoli identifica que seja formada por relações táteis, preocupando-se apenas com o presente vivido coletivamente. Isso caracteriza a formação de uma sociedade de comunicação estruturada através da conectividade generalizada, utilizando redes planetárias de comunicação( ciberespaço ) em tempo real. Esse comunitarismo tribal está presente nas redes telemáticas como a internet. A socialidade então vai ser alimentada pelas tecnologias micro-eletrônicas e pelo excesso de imagens. O que caracterizará a nova geração será a simultaneidade.

Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação, podemos reconhecer ainda outro tipo de sociedade, a sociedade da informação, constituída por um público altamente educado e que tem acesso ao conhecimento. Na verdade há várias interpretações existentes sobre essa sociedade, o que realmente é importante é que a informação alcançou um alto patamar na sociedade contemporânea.

A revolução da informática está fazendo o poder econômico mudar de mãos, que está obrigatoriamente passando pelas mãos de quem tem esse controle sobre a informação.

Vivemos em nossos dias uma pós –industrialização - substituição da industrialização pelos serviços e informações como forma de economia dominante .

Vivemos em uma sociedade baseada na mídia, mas as características informacionais que nós encontramos vão mais além do que sugerem os sistemas de televisão, rádio e jornal. Dessa maneira, se torna imprescindível examinar o significado, a qualidade e o valor da informação. É preciso saber quem produziu a informação, com seus objetivos e conseqüências, abrindo um caminho mais amplo para avaliar a sociedade de informação.

Alguns autores analisam algumas ansiedades a serem trabalhadas; como os transtornos que as novas tecnologias podem causar à rotina e rituais da família, ameaçando seus valores, que pode ser vista também como uma "revolução doméstica".

É preciso reconhecer o significado social que o consumo das novas tecnologias agrega para profissionais e estudantes, empregados autônomos e desempregados, homem e mulher e nos dias de hoje até nas crianças, que define seu caráter social através do poder da cultura familiar.

Com toda essa análise não podemos deixar de citar os que ficam excluídos desse processo, talvez esse seja o futuro imperfeito das novas tecnologias que se configura sobretudo pelas desigualdades culturais e econômicas cada vez mais impostas aqueles que se encontram a margem da sociedade, os "sem tecnologia".

Para remanejar o mercado e toda essa face da realidade é preciso encontrar caminhos criativos e políticas públicas para não aumentar ainda mais as diferenças de oportunidades e para que não sejam ampliados os tradicionais níveis de desvantagens. É preciso ir mais além das atuais atitudes que o governo toma, que além de serem insuficientes, são quase inúteis para abranger toda a nossa sociedade, que está carregada de diferenças sociais, culturais e econômicas.

A Química e a Vida no Universo

Com raízes na escola grega, o conceito evolucionista foi partilhado por Erasmus de Roterdão, por Buffon e por Lamarck. Foi porém Darwin quem deu pela primeira vez expressão a uma verdadeira teoria evolucionista, apoiando-se inicialmente na hipótese da geração espontânea (desmentida por Pasteur) e, mais tarde, numa presumível origem química. Contudo, a propósito de Marte e de supostos marcianos, Arrhenius sugeriu no princípio deste século que a Terra terá sido semeada com esporos vindos do espaço (panspermia). A presunção da origem química da Vida veio no entanto a reaparecer com Oparin durante o segundo quartel deste século, mas só com Urey e Miller, já nos anos cinquenta, apareceram os primeiros resultados laboratoriais a oferecer uma pista para a origem química da Vida na Terra e as bases para uma teoria da evolução química para a Vida. Os progressos alcançados depois do fim da Segunda Guerra Mundial na observação do espaço e no estudo do Sistema Solar levaram à suposição de que a Vida não será um exclusivo do nosso planeta, porquanto ela poder-se-ia ter originado em muitos outros lugares do Universo.

Em meados dos anos setenta, Crick e Orgel retomaram o conceito de panspermia, propondo que a Vida terá surgido na Terra por meio de esporos transportados por uma nave espacial enviada por seres inteligentes alienígenos (panspermia dirigida). No início dos anos oitenta novos resultados laboratoriais levaram a que o significado das experiências de Miller e doutros autores fosse posto em causa, ao mesmo tempo que da análise química de meteoritos se tornava possível antever um novo significado, mais universal, para estas experiências. Este novo significado inscrevia-se num conceito de evolução química universal, uma espécie de "panspermia química", que veio a ser suportado meia década mais tarde pelos resultados obtidos da observação do cometa de Halley. Com efeito, durante as duas últimas décadas tem vindo a tornar-se cada vez mais evidente que os elementos químicos gerados a partir de partículas de matéria emitidas pelas estrelas vêm a dar invariavelmente inúmeros compostos, contando-se entre eles todos aqueles que são indispensáveis para a produção dos chamados monómeros da Vida. Quando são produzidos ou transportados para ambiente apropriados estes mesmos compostos transformam-se naqueles monómeros. No estado actual da Ciência não é possível senão fazer conjecturas sobre como é que, ao longo dalguns dois ou três mil milhões de anos, tais monómeros evoluiram para originar os complexos compostos e mecanismos químicos que hoje conhecemos nos seres vivos. Mas, decorridos que são dez anos após a aparição do cometa de Halley, eis que um meteorito reconhecido como tendo vindo de Marte apresenta sinais fósseis supostamente de seres vivos unicelulares.

Meteorito marciano encontrado na Antártida em 1984.

Possível fóssil de bactéria encontrado no meteorito marciano ALH84001 ( Science, Agosto 1996). Tem uma idade de 4000 milhões de anos.

Por outro lado, alguns achados recentes e inesperados mostram que certas formas de vida (extremófilos) podem proliferar em ambientes absolutamente extravagantes, talvez tão extravagantes como o dos meteoritos, o dos cometas e o doutros corpos celestes de pequena dimensão. Através dos tempos, as teorias sobre a origem e evolução dos seres vivos têm sofrido altos e baixos e mais uma vez a quase centenária "panspermia biológica" de Arrhenius parece recuperar actualidade, apresentando-se agora como complemento ou alternativa à "panspermia química" na explicação da origem da Vida na Terra, mas não em todos os lugares do Universo. Aguardam-se com ansiedade os resultados de diversas missões espaciais que, a partir já do próximo mês de Junho, terão como seu destino Marte.

Prof. Dr. Hernâni L. S. Maia

A Química e a Vida no Universo

Com raízes na escola grega, o conceito evolucionista foi partilhado por Erasmus de Roterdão, por Buffon e por Lamarck. Foi porém Darwin quem deu pela primeira vez expressão a uma verdadeira teoria evolucionista, apoiando-se inicialmente na hipótese da geração espontânea (desmentida por Pasteur) e, mais tarde, numa presumível origem química. Contudo, a propósito de Marte e de supostos marcianos, Arrhenius sugeriu no princípio deste século que a Terra terá sido semeada com esporos vindos do espaço (panspermia). A presunção da origem química da Vida veio no entanto a reaparecer com Oparin durante o segundo quartel deste século, mas só com Urey e Miller, já nos anos cinquenta, apareceram os primeiros resultados laboratoriais a oferecer uma pista para a origem química da Vida na Terra e as bases para uma teoria da evolução química para a Vida. Os progressos alcançados depois do fim da Segunda Guerra Mundial na observação do espaço e no estudo do Sistema Solar levaram à suposição de que a Vida não será um exclusivo do nosso planeta, porquanto ela poder-se-ia ter originado em muitos outros lugares do Universo.

Em meados dos anos setenta, Crick e Orgel retomaram o conceito de panspermia, propondo que a Vida terá surgido na Terra por meio de esporos transportados por uma nave espacial enviada por seres inteligentes alienígenos (panspermia dirigida). No início dos anos oitenta novos resultados laboratoriais levaram a que o significado das experiências de Miller e doutros autores fosse posto em causa, ao mesmo tempo que da análise química de meteoritos se tornava possível antever um novo significado, mais universal, para estas experiências. Este novo significado inscrevia-se num conceito de evolução química universal, uma espécie de "panspermia química", que veio a ser suportado meia década mais tarde pelos resultados obtidos da observação do cometa de Halley. Com efeito, durante as duas últimas décadas tem vindo a tornar-se cada vez mais evidente que os elementos químicos gerados a partir de partículas de matéria emitidas pelas estrelas vêm a dar invariavelmente inúmeros compostos, contando-se entre eles todos aqueles que são indispensáveis para a produção dos chamados monómeros da Vida. Quando são produzidos ou transportados para ambiente apropriados estes mesmos compostos transformam-se naqueles monómeros. No estado actual da Ciência não é possível senão fazer conjecturas sobre como é que, ao longo dalguns dois ou três mil milhões de anos, tais monómeros evoluiram para originar os complexos compostos e mecanismos químicos que hoje conhecemos nos seres vivos. Mas, decorridos que são dez anos após a aparição do cometa de Halley, eis que um meteorito reconhecido como tendo vindo de Marte apresenta sinais fósseis supostamente de seres vivos unicelulares.

Meteorito marciano encontrado na Antártida em 1984.

Possível fóssil de bactéria encontrado no meteorito marciano ALH84001 ( Science, Agosto 1996). Tem uma idade de 4000 milhões de anos.

Por outro lado, alguns achados recentes e inesperados mostram que certas formas de vida (extremófilos) podem proliferar em ambientes absolutamente extravagantes, talvez tão extravagantes como o dos meteoritos, o dos cometas e o doutros corpos celestes de pequena dimensão. Através dos tempos, as teorias sobre a origem e evolução dos seres vivos têm sofrido altos e baixos e mais uma vez a quase centenária "panspermia biológica" de Arrhenius parece recuperar actualidade, apresentando-se agora como complemento ou alternativa à "panspermia química" na explicação da origem da Vida na Terra, mas não em todos os lugares do Universo. Aguardam-se com ansiedade os resultados de diversas missões espaciais que, a partir já do próximo mês de Junho, terão como seu destino Marte.

Prof. Dr. Hernâni L. S. Maia

Crack

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Se procura o software utilizado para quebrar a proteção de programas informáticos, consulte Crack (software).


Fumo de crack na latinha

Crack é uma droga de uso recreativo, sendo composto por pasta básica de cocaína misturada com bicarbonato de sódio, sólida em forma de cristal, que pode ser fumada.[1] A droga chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido a área de absorção pulmonar ser grande. Em relação ao seu preço, é uma droga mais barata que a cocaína.[2]

O uso de cocaína por via intravenosa foi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante sendo tão potente quanto a cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa - bastando um cachimbo, na maioria das vezes improvisado, como lata de alumínio furada por exemplo.

O crack eleva a temperatura corporal, podendo levar o usuário a um acidente vascular cerebral. A droga também causa destruição de neurônios e provoca no dependente a degeneração dos músculos do corpo (rabdomiólise), o que dá aquela aparência característica (esquelética) ao indivíduo: ossos da face salientes, braços e pernas ficam finos e costelas aparentes. O crack inibe a fome, de maneira que os usuários só se alimentam quando não estão sob o efeito narcótico. Além do mais, outro efeito da droga é o excesso de horas sem dormir, e tudo isso pode deixar o viciado facilmente doente.

O usuário de crack torna-se completamente dependente da droga em pouco tempo. Normalmente o viciado, após algum tempo de uso da droga, continua a consumi-la apenas para fugir aos desconfortos da síndrome de abstinência - depressão, ansiedade eagressividade - comuns a outras drogas estimulantes.

Após o uso, a pessoa passa a se tornar extremamente violenta, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria família, desestruturando-a em todos os aspectos, e depois volta-se contra a sociedade em geral. As chances de cura são muito baixas, pois exige a submissão voluntária ao tratamento por parte do dependente, o que é difícil, haja vista que a "fissura", isto é, a vontade de voltar a usar a droga, é grande demais. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem condições financeiras de custear tratamentos em clínicas particulares, ficando à merce do tratamento público de saúde (extremamente falho nessa área) ou de conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre são idôneas. É comum que o usuário começe, mas abandone o tratamento. Embora seja tão potente quanto à cocaína, a maior causa de morte entre os usuários são as dívidas com os traficantes.

O uso do crack - e sua potente dependência - frequentemente leva o usuário à prática de delitos, para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam em casa. Pode vender tudo o que estiver a disposicao, ficando somente com a roupa do corpo. Se for mulher, não terá o mínimo escrúpulo em se prostituir para sustentar o vício. O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la. É bom ressaltar que embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras, por dia.

Estudos relacionam a entrada do crack como droga circulante em São Paulo ao aumento da criminalidade e da prostituição entre os jovens, com o fim de financiar o vício. Na periferia dacidade de São Paulo, jovens prostitutas viciadas em crack são o nicho de maior crescimento da AIDS no Brasil.

O efeito social do uso do crack é o mais devastador, entre as drogas normalmente encontradas no Brasil. A droga arruina de tal forma a vida do consumidor do produto que, diz-se, no início as próprias quadrilhas de traficantes do Rio de Janeiro não permitiam a entrada da droga, entretanto recentes reportagens demonstram que atualmente a realidade é bem diversa, e o entorpecente já é o mais comercializado nas favelas cariocas. Atualmente, pode-se dizer que há uma verdadeira "epidemia" de consumo do crack no País, atingindo cidades grandes, médias e pequenas.

Crack

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Se procura o software utilizado para quebrar a proteção de programas informáticos, consulte Crack (software).


Fumo de crack na latinha

Crack é uma droga de uso recreativo, sendo composto por pasta básica de cocaína misturada com bicarbonato de sódio, sólida em forma de cristal, que pode ser fumada.[1] A droga chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido a área de absorção pulmonar ser grande. Em relação ao seu preço, é uma droga mais barata que a cocaína.[2]

O uso de cocaína por via intravenosa foi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante sendo tão potente quanto a cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa - bastando um cachimbo, na maioria das vezes improvisado, como lata de alumínio furada por exemplo.

O crack eleva a temperatura corporal, podendo levar o usuário a um acidente vascular cerebral. A droga também causa destruição de neurônios e provoca no dependente a degeneração dos músculos do corpo (rabdomiólise), o que dá aquela aparência característica (esquelética) ao indivíduo: ossos da face salientes, braços e pernas ficam finos e costelas aparentes. O crack inibe a fome, de maneira que os usuários só se alimentam quando não estão sob o efeito narcótico. Além do mais, outro efeito da droga é o excesso de horas sem dormir, e tudo isso pode deixar o viciado facilmente doente.

O usuário de crack torna-se completamente dependente da droga em pouco tempo. Normalmente o viciado, após algum tempo de uso da droga, continua a consumi-la apenas para fugir aos desconfortos da síndrome de abstinência - depressão, ansiedade eagressividade - comuns a outras drogas estimulantes.

Após o uso, a pessoa passa a se tornar extremamente violenta, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria família, desestruturando-a em todos os aspectos, e depois volta-se contra a sociedade em geral. As chances de cura são muito baixas, pois exige a submissão voluntária ao tratamento por parte do dependente, o que é difícil, haja vista que a "fissura", isto é, a vontade de voltar a usar a droga, é grande demais. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem condições financeiras de custear tratamentos em clínicas particulares, ficando à merce do tratamento público de saúde (extremamente falho nessa área) ou de conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre são idôneas. É comum que o usuário começe, mas abandone o tratamento. Embora seja tão potente quanto à cocaína, a maior causa de morte entre os usuários são as dívidas com os traficantes.

O uso do crack - e sua potente dependência - frequentemente leva o usuário à prática de delitos, para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam em casa. Pode vender tudo o que estiver a disposicao, ficando somente com a roupa do corpo. Se for mulher, não terá o mínimo escrúpulo em se prostituir para sustentar o vício. O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la. É bom ressaltar que embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras, por dia.

Estudos relacionam a entrada do crack como droga circulante em São Paulo ao aumento da criminalidade e da prostituição entre os jovens, com o fim de financiar o vício. Na periferia dacidade de São Paulo, jovens prostitutas viciadas em crack são o nicho de maior crescimento da AIDS no Brasil.

O efeito social do uso do crack é o mais devastador, entre as drogas normalmente encontradas no Brasil. A droga arruina de tal forma a vida do consumidor do produto que, diz-se, no início as próprias quadrilhas de traficantes do Rio de Janeiro não permitiam a entrada da droga, entretanto recentes reportagens demonstram que atualmente a realidade é bem diversa, e o entorpecente já é o mais comercializado nas favelas cariocas. Atualmente, pode-se dizer que há uma verdadeira "epidemia" de consumo do crack no País, atingindo cidades grandes, médias e pequenas.

Cânabis


(Redirecionado de Maconha)
Cannabis.

Nota: Se procura pela planta de nome semelhante, consulte Cannabis.

Cânabis (português brasileiro) ou canábis (português europeu) (do gênero Cannabis), popularmente maconha, marijuana,[1] ganja (do sânscrito गांजा,transl. gañjā, "cânhamo") ou suruma (em Moçambique[2]) refere-se a um número de drogas psicoativas derivadas da planta Cannabis.

A forma herbácea da droga consiste de flores femininas maturas e nas folhas que subtendem das plantas pistiladas (femininas). A forma resinosa, conhecida como haxixe,[3] consiste fundamentalmente de tricomas glandulares coletados do mesmo material vegetal.

O principal composto químico psicoativo presente na cânabis é o Δ9-tetrahidrocanabinol (delta-9-tetrahidrocanabinol),[3] comumente conhecido como THC - cuja concentração média é de até 8%, mas algumas variedades de maconha (cruzamentos entre a espécie Cannabis sativa e aCannabis indica) comumente conhecidas como skunk ("cangambá", em inglês) produzem recordes na marca de 33% de THC. Pelo menos 66 outros canabinóides estão presentes na Cannabis, como o canabidiol (CBD) e o canabinol (CBN), muitos dos quais causam interações psicoativas.

O consumo humano da cânabis teve início no terceiro milênio a.C..[4] Nos tempos modernos, a droga tem sido utilizada para fins recreativos,religiosos ou espirituais, ou para efeitos medicinais. As Nações Unidas estimam que cerca de quatro por cento da população mundial (162 milhões de pessoas) usam maconha pelo menos uma vez ao ano e cerca de 0,6 por cento (22,5 milhões) consomem-na diariamente.[5] A posse, uso ou venda da maconha se tornou ilegal na maioria dos países do mundo no início do século XX; desde então, alguns países têm intensificado as leis que regulamentam a proibição do produto, enquanto outros reduziram a prioridade na aplicação destas leis.

Índice

[esconder]

[editar]Potência

De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC, na sigla em inglês), a quantidade de tetrahidrocanabinol (THC) presente em uma amostra de cânabis é geralmente utilizada como medida de potência desta maconha.[6] Os três principais tipos de produtos derivados da cânabis são a erva (maconha), a resina (haxixe) e o óleo (óleo de haxixe). O UNODC afirma que a maconha frequentemente contém 5 por cento de seu conteúdo composto por THC, enquanto a resina pode conter até 20% de conteúdo, e o óleo de haxixe cerca de 60%.[6]

Um estudo publicado em 2000 no Journal of Forensic Sciences concluiu que a potência da maconha confiscada nos Estados Unidos passou de "cerca de 3,3% em 1983 e 1984" para "4,47% em 1997." Concluiu igualmente que "outros grandes canabinóides [o canabidiol (CBD), o canabinol (CBN) e o canabicromeno (CBC)] não mostraram qualquer mudança significativa na sua concentração ao longo dos anos."[7]

O Centro Nacional de Informação e Prevenção da Cânabis da Austrália afirma que os 'brotos' da cannabis de sexo feminino contêm a concentração mais alta de THC, seguido pelas folhas. Os caules e as sementes têm "níveis muito mais baixos".[8] A ONU afirma que as folhas podem conter dez vezes menos THC do que os brotos, e os caules cem vezes menos THC.[6]

[editar]Formas

Marijuana.

[editar]Maconha

Os termos maconha ou marijuana referem-se às folhas secas das plantas Cannabis e às flores das plantas femininas.[9] Este é o modo mais amplo de consumir-secannabis. Contém um teor de THC que pode variar de 3% até 22%;[10] em contrapartida, a Cannabis utilizada para produzir linhagens industrais de cânhamo contém menos de 1% do THC.[11]

[editar]Haxixe

Haxixe.
Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: Haxixe

O haxixe é uma resina concentrada, produzida a partir das plantas fêmeas da cânabis. O haxixe é mais forte do que a maconha, e pode ser fumado oumastigado.[12] Ele varia na cor, de preto ao dourado escuro.

[editar]Kief

Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: Kief

O kief é feito a partir de tricomas (incorretamente referida muitas vezes como "pólen"), retiradas das folhas e flores das plantas Cannabis. Kief também pode ser compactado para produzir uma forma de haxixe, ou consumido em forma de pó.[13]

[editar]Óleo de haxixe

Óleo de haxixe.
Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: Óleo de haxixe

O óleo de haxixe, é um óleo essencial extraído das plantas Cannabis através da utilização de diversos solventes. Possui uma elevada proporção de canabinóides(variando entre 40-90%).[14]

[editar]Formas de consumo

Um vaporizador Volcano.
Cachimbo para o consumo de maconha.

A cânabis é consumida de muitas maneiras diferentes, sendo que a maioria envolve inalar fumaça ou vapor a partir de plantas ou cachimbos.

Vários dispositivos existentes são utilizados para fumar a cânabis. Os mais comumente usados incluem tigelas, bongs, chilums, papeise folhas de tabaco embalados. Métodos locais diferem pela preparação da planta cannabis antes da sua utilização; as partes da planta Cannabis que são utilizadas, bem como o tratamento do fumo antes da inalação.[15]

Um vaporizador aquece a cânabis herbácea 365-410 °F (185-210 °C), o que faz com que os ingredientes ativos evaporem em um gás sem queima do material vegetal (o ponto de ebulição do THC é 392 °F (200 °C) numa pressão de 0,02 mmHg, e um pouco superior à pressão atmosférica normal).[16] É a menor proporção de produtos químicos tóxicos que são liberados pelo tabagismo, embora isto possa variar, dependendo da forma do vaporizador e a temperatura em que é definido. Este método de consumir cannabis produz efeitos marcadamente diferentes do que fumar devido à inflamação de pontos de diferentes canabinóides; por exemplo, cannabinol (CBN) tem um ponto de inflamação de 212,7 °C[17] e seria normalmente presente na fumaça, mas pode não estar presente no vapor.

Como uma alternativa ao tabaco, a cânabis pode ser consumida por via oral. No entanto, a maconha ou o seu extrato deve ser suficientemente aquecido oudesidratado para causar descar-boxilação de seus canabinóides mais abundantes.[18]

A cânabis também pode ser consumida na forma de chá. O THC é lipofílico e pouco solúvel (com uma solubilidade de 2,8 mg por litro)[19] para chás. É feito com uma primeira adição de gordura saturada para uma de água quente e utilizando uma pequena quantidade de maconha, junto com chá preto ou verde e algumas folhas de mel ou açúcar, mergulhada durante cerca de 5 minutos.

[editar]Efeitos

Demonstração dos principais efeitos causados pelo uso da cânabis.
Usuário fumando Cannabis.
Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: Maconha e saúde

A cânabis produz efeitos psicoativos e fisiológicos quando consumida. A quantidade mínima de THC para poder notar-se um efeito perceptível é de cerca de 10 microgramas por quilo de peso corporal.[20] Para além de uma mudança na percepção subjetiva, as mais comuns de curto prazo são efeitos físicos e neurológicos, que incluem aumento da freqüência cardíaca, diminuição da pressão do sangue, diminuição da coordenação psicomotora, e perda de memória.[21] Efeitos a longo prazo são menos claros.[22][23]

Alguns estudos associam o uso prolongado da Cannabis com o desenvolvimento de cânceres pois sua fumaça possui de 50% a 70% a mais de hidrocarbonos cancerígenos que o tabaco. Os cânceres mais citados em estudos são os que afetam o respiratório[24] e o sistema reprodutor.[25]

[editar]Efeitos psicoativos

Embora muitos fármacos claramente a inserem na categoria de qualquer estimulante, sedativo, alucinógeno, ou antipsicótica, a cânabis contém tanto THC e canabidiol (CBD), os quais fazem parte da propriedade dos alucinógenos e principalmente estimulantes. Alguns estudos sugerem outros canabinóides, especialmente CDB, encontrado na planta Cannabis que altera a psicoativadade do THC e efeitos estimulantes.[26][27][28]

[editar]Questões da saúde

[editar]Uso medicinal

Embora o valor medicinal da cânabis tem sido muito debatido, ela tem vários efeitos benéficos. A Cannabis é indicada para tratar e prevenir náuseas e vômitos, para tratamento deglaucoma, bem como um analgésico geral. Estudos individuais também foram realizados indicando a maconha para um tratamento com a esclerose. Extratos de cânabis também foram criados e vendidos como medicamentos prescritos nos Estados Unidos, principalmente para o tratamento da dor e náusea.

[editar]Efeitos a longo prazo

A ação de fumar cânabis é o método mais prejudicial do consumo, uma vez que a inalação de fumo a partir de materiais orgânicos, como a maconha, tabaco, jornais e material pode causar diversos problemas de saúde.[29]

Em comparação, o estudo sobre o uso da cânabis através da vaporização, constatou que "apenas 40% dos indivíduos têm a probabilidade de relatar sintomas respiratórios como os usuários que não a usam por vaporização, mesmo quando a sua idade, sexo, utilização do cigarro, e a quantidade de Cannabis consumida são controladas."[30] Outro estudo constatou que os vaporizadores são "um seguro e eficaz sistema para a utilização da Cannabis."[31][32]

Comparação dos danos físicos e da dependência em relação a várias drogas (feita pela revista médica britânicaThe Lancet).[33]

Em um estudo de 2007, o governo canadense constatou que o fumo da maconha continha mais substâncias tóxicas do que o fumo do tabaco.[34] O estudo determinou que o fumo da maconha continha 20 vezes mais amônia, e cinco vezes mais cianeto de hidrogénio e óxidos de nitrogênio do que o fumo do tabaco. Apesar disso, estudos recentes têm sido incapazes de demonstrar uma relação direta entre o câncer do pulmão e a freqüente inalação da maconha. Embora muitos investigadores não conseguiram encontrar uma correspondência,[35][36] alguns pesquisadores concluem que o fumo da maconha representa um maior risco de câncer de pulmão do que o fumo do tabaco.[37] Alguns estudos têm demonstrado que o mesmo ingrediente cannabidiol, não intoxicante, e que é encontrado na maconha, pode ser útil no tratamento do câncer de mama.[38]

O consumo da cânabis tem sido avaliado por vários estudos a serem correlacionados com o desenvolvimento de ansiedade, psicose e depressão.[39][40] No entanto, nenhuma prova verdadeira foi revelada, e este assunto está sendo debatido pela comunidade científica, mas sem resultados por enquanto.

Apesar da cânabis, por vezes, tem sido associada com AVC, não é firmemente estabelecida a ligação e os mecanismos potenciais são desconhecidos.[41] Do mesmo modo, não existe nenhuma relação estabelecida entre o consumo de cannabis e doenças cardíacas, incluindo exacerbação em casos de doenças cardíacas existentes.[42]

[editar]Diferença de velocidades de absorção

ViaVelocidadeBiodisponibilidade (%)Início do efeitoPico de efeitoDuração do efeito
OralIrregular e lenta
6
30-60 minutos2,5 - 3,5 horas4 - 6 horas
Pulmonar (fumada)Muito rápida
18
Alguns minutos8 - 15 minutos2 - 3 horas

[editar]História

As primeiras evidências da inalação de cânabis são datadas do terceiro milênio a.C., tal como indicado pelas sementes de Cannabis que foram encontradas em um sítio, onde hoje é a Romênia.[4] Os mais famosos usuários de maconha daquele tempo eram os hindus da Índia e do Nepal, os quais deram o nome de ganjika a erva.[43][44] A antiga droga soma, mencionada como um alucinógeno estimulante sagrado, foi por vezes associada a Cannabis.[45]

A cânabis também foi utilizada pelo povo assírio, que descobriu as suas propriedades psicoativas através dos arianos.[46] Era utilizada em algumas cerimônias religiosas, onde era chamada qunubu (que significa "caminho para a produção de fumo"), provável origem da palavra moderna cannabis.[47] A maconha também foi introduzida pelos arianos aos citianos e trácios / dácia, e os xamanes queimavam flores da Cannabis para induzir um estado de transe.[48] Os membros do culto de Dionísio, também inalavam maconha durante as missas. Em 2003, uma cesta cheia de couro com folhas e sementes de Cannabis foi encontrada no noroeste da Região Autónoma de Xinjiang Uygur, China. Datava de próximo a um 2,500 a 2.800 anos[49][50]

A maconha se tornou ilegal nos Estados Unidos em 1937 devido a Marihuana Tax Act of 1937. Várias teorias tentam explicar por que é ilegal na maioria das sociedades ocidentais. Jack Herer, um ativista a favor da legalização da maconha e escritor, argumenta que os interesses económicos do papel e da indústria química foram as principais forças para torná-la ilegal.[51][52][53]

Hoje, a utilização recreativa da cânabis no mundo ocidental impulsiona uma considerável procura da droga. Ela é a colheira lucrativa com maior dimensão nos Estados Unidos, gerando um valor estimado em US$36 bilhões no mercado.[54] A maior parte do dinheiro não é gasto no cultivo e produção, mas no contrabando e fornecimento para os compradores.

O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência relatou que geralmente os preços da cânabis na Europa variam de 2 a 14 euros por grama, tendo a maioria dos países uma média entre 4-10 euros.[55] O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime reportou em 2008 que os preços variavam em sua maioria entre 10/15 dólares por grama.[56]

[editar]Legalização da cânabis

Campanha para a ilegalização da maconha em 1935.

[editar]Brasil

A campanha pela legalização da cânabis ganhou força a partir das décadas de 1980 e 1990, notadamente apoiada por artistas e políticos liberais. No Brasil, é uma das bandeiras do político Fernando Gabeira, que tentou implementar o cultivo do cânhamo para fins industriais.

No Brasil, não existe mais a pena de prisão ou reclusão para o consumo, armazenamento ou posse de pequena quantidade de drogas para uso pessoal, inclusive maconha. Também não há pena de prisão para quem "para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantasdestinadas à preparação de pequena quantidade de substância" capaz de causar dependência (inclusive a cannabis sativa). O artigo 28 da lei nº 11.343/2006,[57] de 23 de Agosto de 2006 prevê novas penas para os usuários de drogas. As penas previstas são:

  • Advertência sobre os efeitos das drogas;
  • Prestação de serviços à comunidade ou
  • Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

A mesma lei (artigo 28, § 2º) estabelece o critério para o juiz avaliar se uma quantidade se destina ao consumo ou não. O juiz deve considerar os seguintes fatores: o tipo de droga (natureza), a quantidade apreendida, o local e as condições envolvidas na apreensão, as circunstâncias pessoais e sociais, a conduta e os antecedentes do usuário.[58] Apesar do critério ser subjetivo e depender da interpretação do juiz, não há dúvida de que um ou dois cigarros de maconha, por exemplo, representam uma quantidade destinada ao consumo pessoal.

[editar]Portugal

O uso da cânabis em Portugal foi descriminalizado a 6 de julho de 2000, em uma lei aprovada pelo Parlamento do país.[59] Até a lei ser aprovada, os usuários podiam ser condenados a penas de mais de 1 ano de prisão. Espanha e Itália foram os dois países europeus a legalizar o uso da maconha antes de Portugal.[60]

[editar]Outros países

Hoje em dia a cânabis é descriminalizada em alguns países, como os Países Baixos ou o Canadá, neste último apenas para uso medicinal,[61] pois adotam políticas de tolerância em relação aos usuários, os quais não são presos. Além desses, outros países apoiam o seu uso medicinal, tendo em vista os efeitos terapêuticos da planta.

O uso da maconha é popular na Jamaica, onde é conhecida como "ganja". Apesar de ser ilegal a sua venda, certas seitas como a dos rastafáris atribuem a ela poderes divinos.[62] Alguns estabelecimentos foram fechados nos Países Baixos[63] e principalmente na Dinamarca em 2004.[64][65] A simples posse de maconha causa prisão em alguns países da Ásia Oriental, onde a venda da maconha pode levar a um período de prisão perpétua ou mesmo pena de morte.

[editar]Soro da verdade

A maconha foi utilizada como soro da verdade pelo Office of Strategic Services (OSS), uma agência governamental dos Estados Unidos formada durante a Segunda Guerra Mundial, no início dos anos 1940. Foi o mais efetivo soro da verdade desenvolvido pela OSS no St. Elizabeths Hospital; o que causou muita polêmica na época.[66]

Em maio de 1943, o major George Hunter White, chefe das operações de contraespionagem dos Estados Unidos, organizou uma reunião com Augusto Del Gracio, um porta-voz do gangster Lucky Luciano. A Del Gracio foi dado cigarros de Cannabis com uma alta concentração de THC, o que o fez ficar literalmente fora-de-si e falar sobre uma operação da heroína, organizada por Luciano. Em uma segunda ocasião, a dose foi aumentada e Del Gracio desmaiou por duas horas.[66]

[editar]Utilização da cânabis com outras drogas

Baseado (português brasileiro) ou charro (português europeu) é o nome popular dado ao cigarro feito com a cânabis. É geralmente confeccionado a partir de papéis a base de arroz, mas também pode ser feito a partir de guardanapos, sacos de pão, papel-seda e outros materiais. Segundo especialistas, um cigarro de cânabis equivale ao fumo de cinco cigarros normais.[67]

O baseado também é popularmente conhecido no Brasil como beck,[68] beise ou ret (uma corruptela da palavra francesa cigarette); como fino ou perninha-de-grilo, quando contém pouca quantidade de maconha; ou como bomba, vela ou tora, quanto contém muita. Quando a quantidade é muito extravagante é chamado de trave ou cone, se a abertura for maior. Já as designações portuguesas variam: chara, canhão ou broca sendo as mais vulgares.

Existem também certas misturas com outros tipos de drogas, que ganharam nomes populares como freebase(maconha com cocaína) e mesclado,[69] cabralzinho ou "pitico" (maconha com crack).

[editar]Adulterantes

É menos comum a presença de adulterantes na maconha do que em outras drogas. Giz (na Holanda) e partículas de vidro (no Reino Unido) têm sido utilizadas para fazer o produto parecer de melhor qualidade.[70][71][72] O uso de chumbo para aumentar o peso dos produtos de haxixe na Alemanha provocou intoxicações com chumbo em pelo menos 29 usuários.[73]Na Holanda, foram encontrados dois similares químicos do Sildenafil (Viagra) em maconha adulterada