segunda-feira, 13 de junho de 2011

No mundo árabe, técnicos brasucas têm que se adaptar às novas culturas


Guga Zloccowick e Marcelo Mendes passam por situações inusitadas nos países do Oriente Médio. Calor de 50 graus, Ramadã e treino para mulheres


Se no futebol de campo tem sido cada vez mais comum a ida de treinadores brasileiros para trabalhar no mundo árabe, o futebol de areia também não fica para trás. Depois que o esporte ganhou a chancela da Fifa, em 2005, alguns países do Oriente Médio passaram a investir nos técnicos brasucas para comandar suas seleções e tentar adquirir um pouco de experiência para as competições internacionais. Além da boa oportunidade financeira, os brasileiros precisaram se adaptar à nova cultura e religião destes países, além de conviver também com o forte calor.
O pernambucano Gustavo Zloccowick, o Guga, chegou ao Bahrein em 2006, após passagens pelas seleções de Portugal e da Rússia. O treinador, de 33 anos, falou das dificuldades em trabalhar num país com uma cultura bem diferente da brasileira.
- No futebol de areia daqui do Bahrein, todos os jogadores são amadores e possuem outro emprego. Eles trabalham de manhã e treinam à noite. O país é pequeno, não existem muitos atletas e é difícil garimpar os jogadores que atuam nos clubes de futebol. É complicado, mas é um trabalho gratificante - disse Guga, em entrevista por telefone.
No mundo árabe, todo treinador é obrigado a se adaptar às limitações do Ramadã, o mês sagrado do islamismo. Durante este período, os fiéis fazem jejum (comida, só uma vez por dia), o que prejudica o planejamento dos treinos das equipes.

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