segunda-feira, 30 de maio de 2011

Anglo American obtém licença ambiental para Minas-Rio

A Anglo American conseguiu a liberação de licenças que faltavam para o início da execução do projeto Minas-Rio e pode começar já no próximo mês as obras civis da unidade de beneficiamento de minério de ferro. O projeto – cujo início das operações estava previsto para o segundo trimestre de 2012 – está atrasado em razão das dificuldades enfrentadas para obter as licenças de instalação necessárias.
O mais provável é que a inauguração ocorra apenas no segundo semestre de 2013, dado que o prazo para conclusão do projeto é estimado em 27 a 30 meses. O plano é produzir 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro no sistema, formado por reservas na região central de Minas Gerais compradas de Eike Batista em 2008.
Em julho, a Anglo já havia apontado que via maior complexidade e rigidez nos processos de licenças ambientais brasileiros. No entanto, na última sexta-feira, a mineradora informou que conseguiu em dezembro o aval para começar a planta, além de ter obtido em agosto a licença para as atividades de mineração. A empresa está esperando o fim da temporada de chuvas para iniciar a construção, o que deve acontecer em março. Apesar disso, ainda falta conseguir outras licenças e permissões durante a fase de execução das obras.
A Anglo prevê investir US$ 5,034 bilhões na primeira fase de desenvolvimento do sistema Minas-Rio, mais do que os US$ 3,8 bilhões estimados há um ano. A empresa já havia informado que os atrasos nas licenças encareceriam o orçamento, assim como as oscilações no câmbio e as mudanças no potencial das minas. Na parte de logística do projeto, comprometeu-se a ampliar em aproximadamente US$ 525 milhões seus investimentos no porto do Açu, onde o grupo é sócio da LLX, de Eike Batista, com uma participação de 49%.
O reforço de investimento faz parte de acordo com a LLX que permitirá à Anglo escoar minério pelo terminal com tarifa de US$ 7,1 a tonelada durante 25 anos.
Também na sexta-feira, a Anglo American e a cimenteira francesa Lafarge anunciaram a combinação de negócios na área de materiais de construção no Reino Unido. A joint venture vai unir os negócios da Tarmac, subsidiária da Anglo na área de cimento, e as operações britânicas da Lafarge. Cada parte terá 50% na associação, que resulta no surgimento de uma empresa com faturamento de US$ 2,8 bilhões e 7,3 mil empregados.

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