segunda-feira, 30 de maio de 2011

Iniciativas da indústria já diminuem o desperdício

Passeto: “País movimenta 100 milhões de toneladas de entulho por ano e 20 vezes mais desse volume de água
Acusados de serem os maiores desperdiçadores de água do país, setores da indústria já se conscientizaram dos danos provocados ao meio ambiente, e correm atrás de soluções para abrandar o problema. Entidades de classe investem em pesquisas, novas tecnologias, criam manuais de boas práticas, indicadores de rentabilidade e disseminam experiências bem-sucedidas aos seus associados na tentativa de estancar perdas.
A busca de parceria com órgãos governamentais também tem sido uma das ferramentas para diminuir o excesso de consumo. E nem sempre reduzir o uso de água significa ter de investir muito. Às vezes soluções simples já evitam abusos. Substituir as tradicionais torneiras de abrir e fechar pelas de válvula automática, adotar técnicas de reúso e até desenvolver uma nova fórmula para goma – insumo usado na fabricação de tecidos – pode gerar economia relevante.
“O setor têxtil, apesar de consumir muita água, é uma das indústrias que mais adotam o reúso, e saiu na frente ao criar uma cultura de medição de indicadores ambientais de desempenho”, garante Eduardo San Martin, diretor de meio ambiente do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral (Sinditêxtil/SP) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
Em parceria com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, no âmbito da Câmara Ambiental do Setor Têxtil, i sindicato criou um manual explicativo há quase uma década para a obtenção e aplicação de dados, a fim de quantificar e qualificar o desempenho ecológico das indústrias. “Com a adoção de uma cultura de medição de indicadores é possível construir uma visão de futuro, aperfeiçoar as etapas de planejamento, expandir e ampliar o negócio, e o mais importante: obter simultaneamente benefícios ambientais e econômicos na gestão dos processos”, comenta.

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