segunda-feira, 30 de maio de 2011

Indústria do plástico reavalia as estratégias para incluir o verde

Nunes: “Vamos iniciar a produção de polipropileno de etanol em 2013″
As embalagens de plástico, cada vez mais consumidas mundialmente, e responsabilizadas, nos últimos anos, por boa parte da poluição do planeta, devem atingir no Brasil neste ano uma produção de 2,3 milhões de toneladas, 10% acima de 2009. Elas absorvem 40% de todo o plástico transformado no país para abastecer um terço do mercado de embalagens em geral. “Recuperamos o ritmo de antes da crise e esperamos crescer 7% nos próximos anos”, anuncia José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).
A maior alavanca desse desempenho continua sendo a combinação do baixo custo de produção à extraordinária versatilidade dessa matéria-prima, que pode assumir os formatos e consistências mais diversos. “Mesmo num ano de queda de consumo, como o de 2009, o plástico foi menos afetado pois acabou substituindo materiais mais caros”, explica Coelho.
Ele reconhece, porém, que a receita para o setor seguir crescendo acima do PIB, no Brasil e no mundo, hoje passa por uma preocupação com a sustentabilidade, exigida pelos consumidores. “Todas as matérias-primas estão sendo revistas, para gerar o mínimo de lixo possível, até porque não há como conter as demandas crescentes nos países emergentes, sobretudo na China e na Índia”, completa.
Para ampliar sua participação no mercado, as indústrias de embalagens plásticas investem cada vez mais na diversificação dos produtos, procurando ao mesmo tempo aliviar, de alguma forma, a sua “pegada de carbono”. A maneira mais comum de fazer isso é reaproveitando material reciclado na confecção de novas embalagens.
Mas há empresas que apostam em alternativas verdes, como as fórmulas biodegradáveis à base de fécula de mandioca e o plástico produzido a partir do etanol. Dona do mercado de resinas termoplásticas, a Braskem foi responsável pelo ressurgimento do plástico de etanol, ao otimizar o seu processo de fabricação em 2007. Em setembro, a empresa inaugurou uma planta piloto em sua fábrica em Triunfo (RS), resultado de investimento de R$ 500 milhões, com capacidade para produzir 200 mil toneladas/ano.

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